O Céu da Meia-Noite é a grande aposta de fim de ano da Netflix. Com o astro do cinema George Clooney, tem belíssimas cenas. A cinematografia mostra capricho logo de cara. A princípio, o filme começa em fevereiro de 2049 e, no silêncio, grita a solidão do protagonista, de costas arqueadas, fazendo sua refeição, sem alegria. Num jogo de xadrez contra si mesmo, não tem vencedor. Quando sua única companhia é uma garrafa de bebida alcoólica, a vida não está boa.
O passado vem visitar. Quantas vezes não pensamos nas escolhas que poderíamos ter feito de forma diferente? Como mudaria nosso presente, nosso futuro? Quem nunca errou? Contudo, somos frutos de nossos acertos, mas talvez muito mais de nossos erros.
O filme tem alguma lentidão, procura sempre se explicar, não prende tanto quanto deveria. No geral, achei mais interessante a série Away. Quando acaba, parece que ficamos esperamos mais, até sem acreditar que terminou.
Por fim, baseado no livro “Good Morning, Midnight”, de Lily-Brooks Dalton, O Céu da Meia-Noite é mais um bom original da Netflix com direção segura do próprio George Clooney, em atuação razoável.