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Ópera e Verdi em casa | Confira clássicos de forma gratuita

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Ópera e Verdi

Mais uma semana de ópera e Verdi em casa, e teremos grandes montagens de clássicos. Além do clássico Italiano, o Met trará a querida Tosca de Puccini, e a tragédia de Lúcia de Lammermoor de Donizetti, conterrâneos de Verdi. Wagner também estará presente com sua Valquíria, obra prima que é parte da tetralogia do Anel dos Nibelungos, obra fantástica inspirada na mitologia germânica e nórdica. Além de tudo isso tem também a onírica Russalka de Dvoràk.

Verdi

Antes das obras, vamos falar um pouco de Giuseppe Verdi. Foi um dos maiores nomes da história da ópera, provavelmente o maior nome da ópera no século XIX, ao lado de Richard Wagner. A importância de Verdi vai além do campo artístico. Ele ajudou a criar o imaginário nacional da Itália. Foi personagem ativo no processo de unificação da Itália e em suas obras moldou o que era ser italiano, tornando-se assim um herói nacional e sendo endeusado em sua terra. Musicalmente Verdi buscava colocar toda a dramaticidade em suas partituras, dando assim preferência às tragédias.

Compôs apenas duas óperas buffas Um Giorno di Regio, sua primeira comédia, foi um fracasso. Contudo, Falstaff, último trabalho do compositor, é considerada uma obra prima. Assim como a antecessora – Otelo – Falstaff sofreu influência dos moldes Wagnerianos de música contínua e praticamente não tem partes recitadas. As duas tem em comum também o fato de serem adaptações de peças de Shakespeare. Assim, as duas obras finais de Verdi juntaram-se à Macbeth, do início de sua carreira, compondo uma espécie de trilogia shakespeariana. O bardo era uma grande influência de Verdi.

Lucia Di Lammermoor – Gaetano Donizetti – 27/07

Obra prima dramática de Donizetti, Lúcia de Lammermoor é uma ópera romântica baseada em um clássico do romantismo. Apesar de muitas vezes ficar como coadjuvante de Verdi e Rossini, Donizetti foi um dos maiores nomes da ópera italiana no século XIX. Seu trabalho é uma ponte entre os outros dois nomes italianos, une o bel canto de Rossini e à música como instrumento dramático de Verdi. Compôs comédias e tragédias e deixou um vastíssimo legado de óperas, antes de morrer aos 50 anos. Lucia di Lammermoor é uma de suas obras mais encenadas, e essa montagem é de 2011 e conta com a sensacional soprano francesa Natalie Dessay.

Tosca – Giacomo Puccini – 28/07

Tosca é provavelmente a ópera mais encenada de Puccini depois de La Boheme, sendo assim uma das mais encenadas no mundo. Estreou em 14 de janeiro de 1900. O papel de Tosca é intenso e geralmente interpretado por intensas sopranos de grande talento lírico e dramático. No fim do século XIX a obra de Wagner havia contagiado o ambiente operístico, até mesmo na Itália. Por isso, era mais comum o fluxo contínuo da música e os Leitmotivs – temas identificados com personagens. Com belas árias, Tosca é a obra de Puccini que mais se inspira no modelo Wagneriano, mas mantém sua identidade composicional. Nessa montagem de 2009 o papel título fica por conta da soprano Karita Mattila.

Rigoletto – Giuseppe Verdi – 29/07

Foi a ópera que catapultou a fama internacional de Verdi. A ária La donna è mobille é uma das mais famosas do repertório operístico, sendo conhecida inclusive entre o público geral que nem conhece ópera. Musicalmente Rigoletto foi uma revolução na música do compositor e a voz barítona é a dominante na música. Essa montagem é de 1977, uma das filmagens mais antigas do acervo do Met. Temos vozes muito consagradas como Ileana Cotrubas, Plácido Domingo e Cornell MacNeil, além da regência de James Levine.

Il Trovatore – Giuseppe Verdi – 30/07

O Trovador é uma das obras mais queridas de Verdi. Composta no auge de sua carreira, quando ele estava compondo em grande quantidade, mas sem jamais deixar de lado a qualidade. Trata-se de um melodrama cavalheiresco. Estreou em 1853 tornando-se um enorme sucesso de público, apesar de ser considerada simples pela crítica. Juntamente à Rigolleto e La Traviata, são as obras de mais destaque do meio da carreira de Verdi, quando estava compondo em grande escala. A montagem é de 2011 e conta com os cantores Sondra Radvanovsky, Dolora Zajick, Marcelo Álvarez e Dmitri Hvorostovsky no elenco.

Rusalka – Antonín Dvorák – 31/07

O compositor Antonín Dvoràk é muito mais conhecido por sua obra sinfônica do que por seus trabalhos na ópera. Apesar de ter composto 10 óperas, a única que permanece sendo encenada é Russalka, que estreou pouco antes da morte do compositor. Russalka traz uma história de amor, onde uma ninfa apaixona-se por um príncipe humano. Foi fortemente inspirada em lendas e mitologia do norte da Europa. A partitura de Dvoràk carrega muito da cultura e elementos tradicionais tchecos, assim como sua obra sinfônica. A montagem que será apresentada é de 2017 e conta com vasto e talentoso elenco.

Ernani – Giuseppe Verdi – 01/08

Ernani não é uma das óperas mais encenadas de Verdi hoje em dia. Porém não foi sempre assim. Quando estreou em 1844 foi um sucesso enorme e permaneceu como obra de maior sucesso de Verdi, até o lançamento de Il Trovatore. A popularidade da obra perdurou até o início do século XX, pois foi a primeira ópera gravada, em 1904. Foi baseada na peça Hernani de 1830 do grande escritor Francês Victor Hugo. A montagem disponibilizada é mais uma das clássicas montagens do Tele cast de 1983 e tem um elenco estelar que conta com Leona Mitchell, Luciano Pavarotti, Sherrill Milnes e Ruggero Raimondi além da regência de James Levine.

Die Walküre – Richard Wagner – 02/08

Para encerrar a semana no Met teremos A Valquíria. A segunda de quatro óperas do ciclo do anel dos Nibelungos, Obra prima de Wagner, é provavelmente a obra mais famosa do compositor. Inspirada em lendas nórdicas, Wagner demorou anos compondo-a. Estreou em 1870 em Munique muito antes de Wagner terminar de compor sua tetralogia. Os temas criados por Wagner – Leitmotivs – se repetem pela obra, principalmente o tema das Valquírias. Como toda obra de Wagner, o tema central é o amor. Essa montagem é de 2019, super recente e impactante. É uma experiência obrigatória para amantes da ópera.

As óperas são disponibilizadas diariamente no site do teatro no final da tarde e permanecem disponíveis por 23h. No site  metopera.org ainda é possível encontrar também material extra, como playbill das montagens, programação e também muitos textos complementares.

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Mostra Arte das Quebradas | Evento gratuito acontece no sábado

A segunda edição da Mostra Arte das Quebradas 2023 acontece no MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira

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mostra arte das quebradas perfomance por nos credito Adilene do Carmo

A segunda edição da Mostra Arte das Quebradas 2023 acontece no próximo sábado (25) no MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira localizado na Gamboa, a Pequena África carioca.

A programação começa com a Oficina de Isogravura, apresentada pela artista Gravadora Amadora, que integra a exposição coletiva “Trajetórias Contemporâneas”, e será das 14h até 15h30. Na sequência, Cynthia Mattos chega com a Oficina Contando Histórias Memórias e Afetos, das 16h às 18h.

Aliás, se liga nesse podcast a seguir, e segue lendo:

Já para quem ama o audiovisual, a partir das 15h, no Auditório, tem a exibição de “Caminho das Pedras”, da cineasta Sandra Lima e assistência de direção de Paulo Silva.

O público também poderá conferir os curtas de participantes da Oficina de Audiovisual UQ +DOC22 com Paulo Passos, Sandra Lima e Raphael Kepler. Filmes: “Como é que eu devo fazer um muro no fundo da minha casa”, de Laerte Gulini; “Enfeitiçada”, de Paula Carriconde e “Museu é o Mundo”, de Gustavo de Carvalho. Ao final de todas as exibições, Roda de Conversa com os cineastas e o público.

Performances

Ainda por cima, acontecerão diversas performances a partir de 16h30. “Por Nós”, com Jaqueline Calazans, trata da discussão sobre o empoderamento da mulher negra, seu espaço na sociedade e questões sobre a sua visibilidade e também reflete acerca da objetificação dos corpos, pretendendo fortalecer a sororidade feminina no âmbito da etnia. Será apresentada no pátio.

Adeolá Marques e Viviane dos Santos apresentam “Amas de Leite”, com direção de Willian Santiago. Será apresentada no Auditório. E, sem seguida, “Sape”, com o convidado da República Democrática do Congo Thezis Lyindula Lutete (Noir African Thezis), de la SAPE, que é uma cultura, uma arte. SAPE significa Sociedade dos Artistas e de Pessoas Elegantes. Thezis veio como refugiado do Congo em 2015, é ator e performer, atua divulgando sua cultura. Será apresentada no auditório.

Música e Poesia

A partir de 18h tem as apresentações de DJ Marjan e MC Emana com a música e a poesia do Hip-Hop que retratam as questões sociais, de invisibilidade, onde emergem potências que afloram no nosso dia a dia.

Para encerrar o dia, Sarau de Música e Poesia até 20h com Marcio Rufino, Mery Onírica, Lindacy Menezes e Yolanda Soares.

A exposição multilinguagem coletiva “Trajetórias Contemporâneas” poderá ser conferida até o dia 1º de abril, de quarta a sábado, entre 10 e 17h, na Sala Mercedes de Souza, no MUHCAB. A mostra apresenta uma mistura de fazeres artísticos, que contam as trajetórias de multiartistas que utilizam materiais reaproveitáveis para construir suas obras, como uma forma de usar materiais possíveis e reinventar a partir destes. São eles: Gravadora Amadora, Lord, 7Flechas, Thais Linhares e Lourdes Maria.

Por fim, importante ressaltar que toda a programação da Mostra Arte das Quebradas em qualquer um dos dias é inteira gratuita.

SERVIÇO:

MOSTRA ARTE DAS QUEBRADAS

LOCAL: MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira

ENDEREÇO: Rua Pedro Ernesto, nº 80 – Gamboa – Pequena África – Rio de Janeiro – RJ

DATA: 25 de março

ENTRADA FRANCA em todas as atividades. Menores de idade acompanhados de um responsável

OFICINAS

14h às 15h30 – Oficina de Isogravura com Gravadora Amadora

16h às 18h – Oficina Contando Histórias Memórias e Afetos com Cynthia Mattos

AUDIOVISUAL – Exibição e debate

15h – “Caminho das Pedras”, de Sandra Lima e assistente de direção: Paulo Silva

Curtas de participantes da Oficina de Audiovisual UQ +DOC22, com Paulo Passos, Sandra Lima e Raphael Kepler

Filmes dos participantes:

“Como é que eu devo fazer um muro no fundo da minha casa”, de Laerte Gulini

“Enfeitiçada”, de Paula Carriconde

“Museu é o Mundo”, de Gustavo de Carvalho

PERFORMANCES

16h30

“Por Nós”, com Jaqueline Calazans

“Sape”, com o performer convidado do Congo, Noir Africain Thezis

“Amas de Leite”, com Adeolá Marques e Viviane dos Santos

MÚSICA E POESIA

18h

DJ Marjan e MC Emana

Sarau música e poesia com Marcio Rufino, Mery Onírica, Lindacy Menezes e Yolanda Soares.

VISITAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “TRAJETÓRIAS CONTEMPORÂNEAS”, de quarta a sábado, das 10h às 17h (até 1º de abril).

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