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Crítica

‘Carmilla’ tão delicada… e perigosa | Conheça o livro que inspirou Drácula

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em

resenha carmilla por liggiane manhães

Quando vi, não conseguia parar de olhar ou largar o livro. Eu queria, mas não queria. Geralmente, quando seu trabalho é ler e analisar, é difícil buscar isso ainda mais. Porém… A obra publicada pela Darkside Books estava embalada, linda e sedutora no plástico. O desejo de sentir o cheiro de livro novo e a curiosidade pela ilustração foi mais forte.

No ônibus, ao invés de ficar quieta (ler no ônibus causa descolamento de retina), não consegui também. Totalmente encantada com a delicadeza, uma leve infantilidade, um mistério perturbador… e um ar sensual, tão sutil quanto um pêlo de gato, faz acreditar que qualquer um pode se apaixonar facilmente pelo livro.

Paixão à primeira vista, com toda certeza!

O livro de capa dura, com marcador de página em fita de cetim vermelho sangue, recheado com as belas ilustrações de Isabella Mazzanti, e a novela Carmilla, escrita por Sheridan Le Fanu – originalmente escrita em 1872 – fizeram um conjunto perfeito! Muito improvável ver e não querer ler… até porque esta foi uma inspiração para Drácula, de Bram Stoker.

Carmilla
Livro impressiona com seus detalhes

A narrativa de Laura, íntima e inocente, é absurdamente envolvente, sendo incrível como ela cativa o leitor de modo tão tranquilo enquanto aborda sua memória dolorosa. Sendo uma história de terror, me surpreendi na precisão dos desenhos, tão lindos, tão meigos… Os opostos podem se atrair, sem dúvida. Sensação após o término da leitura é de saudade, a embriaguez literária permanece.

Enfim, Carmilla já nas livrarias e no site da Darkside Books.

Ficha técnica:

Autor – Sheridan Le Fanu

Ilustradora – Isabella Mazzanti

Gênero – Ficção

Especificações – 192 páginas, 17×26 cm, 400 g, capa dura

Preço – R$69,90

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Crítica

Crítica: O Cachorro que se Recusou a Morrer

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Cena da A peça O cachorro que se recusou a morrer

“O Cachorro que se Recusou a Morrer” tem criação, texto e atuação de Samir Murad, e bebe em suas experiências de vida. A cenografia de José Dias constrói um ambiente que é mais do que um mero cenário; é um componente narrativo, imergindo o público nos diversos tempos e espaços que compõem a história. Isso em conjunto com o eficiente videocenário concebido por Mayara Ferreira.

A princípio, num drama autoficcional, Samir Murad, descendente de imigrantes libaneses, entrelaça sua memória afetiva em uma narrativa. Êxodo, matrimônio por encomenda, confrontos culturais e saúde mental compõem os temas que o ator carrega em sua bagagem.

Uma das maiores virtudes do espetáculo é a riqueza da cultura árabe familiar que permeia a obra. Aparece, por exemplo, em projeções fotográficas, e na boa trilha sonora, fruto da colaboração entre André Poyart e o próprio Samir Murad, que enriquece a experiência sensorial do espectador.

Segunda metade de “O Cachorro que se Recusou a Morrer” desperta

Entretanto, a peça demora a engrenar. A primeira metade é lenta, não cativa, falta uma maior dinamicidade, e, talvez, ficar mais enxuta. Isso não acontece na segunda parte, que é muito mais fluida e desperta os espectadores.

Por outro lado, Samir é um showman. É como um Chaplin de descendência árabe buscando suas raízes. A entrega dele no palco tem uma força emocional deveras potente. Dessa forma, para aqueles que gostam e desejam saber mais sobre a cultura árabe, pode valer testemunhar essa obra no Centro Cultural Justiça Federal, até o dia 17 de dezembro, sempre aos domingos às 16h.

Serviço

Local: Centro Cultural Justiça Federal

Endereço: Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro.

Próximo a Estação Cinelândia do Metrô Rio.

Informações: 21 3261-2550

Temporada: 19 de novembro a 17 de dezembro, aos domingos, às 16h.

Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)

Vendas na bilheteria do Teatro ou antecipadas pelo site Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ocachorro

Capacidade de público: 141 pessoas

Classificação: 10 anos

Duração: 75 minutos

Drama bem humorado

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