Conecte-se conosco

Crítica

Resenha | ‘O Mestre das Perguntas’ busca responder questões de Jesus Cristo

Publicado

em

resenha O Mestre das Perguntas

Comecei a ler “O Mestre das Perguntas”, do autor Juan Molina Hueso, e não consegui parar. Chegava em casa após o trabalho, no início da madrugada, e pegava o livro. Foi uma leitura que me fez bem, acima de tudo, e isso já é um ponto de destaque.

Juan foca em buscar responder as perguntas que Jesus fez durante sua vida, contudo, não é bem isso. A partir desses questionamentos ele nos fornece aulas de história, política e até como lidar com a ansiedade. Hueso aproveita para contar trechos de sua própria trajetória, desde acontecimentos com seus pais e outras situações familiares, tudo para exemplificar o que procura demonstrar. É deveras interessante ver como um médico escreve sobre aquele que é conhecido como o Médico dos médicos. Jesus Cristo foi um figura marcante, cujos ensinamentos seguem até hoje.

Eficiência

Juan Molina escreve de forma simples e eficiente, presenteando o leitor com rico conteúdo teológico, em interpretações bíblicas positivas e pertinentes. Essa simplicidade aproxima ao invés de afastar, pois não temos um excesso de intelectualidade, apesar dos tantos estudos citados. É uma obra que faz refletir, fortalece a fé dos que já possuem e plantam sementes nos buscadores. O autor usa de várias maneiras para manter o leitor ligado, faz referências a filmes e acontecimentos cotidianos. Ao mesmo tempo que fazemos uma viagem até a época de Jesus, encontramos o presente.

O capítulo 4 tem um foco na ansiedade, e devo admitir que, após ler, fiquei bem mais leve e menos ansioso. Aqui ele vai no poético Sermão do Monte, “portanto, não vos inquieteis”, para ensinar formas de lidar com essa constante inquietação sobre o futuro com o uso da fé.

Durante o livro, aprendemos mais sobre filosofia, reforma protestante, mistérios bíblicos, psicologia. A obra é um cálice de conhecimento, doutrinário, e louva Jesus Cristo do início ao fim. Não espere nada diferente disso. É algo para quem quer entender melhor quem foi esse homem, chamado de filho de Deus, pelos olhos de um fiel.

Até o porquê do sofrimento é abordado, e o autor usa o trecho de um livro de Rubem Alves para exemplificar sua interpretação. Ainda por cima, há belas ilustrações de Abigail Whately, feitas em nanquim fino, que abrem os capítulos. Dessa forma, nos traços dela vemos um Jesus que foge dos traços europeus. Enfim, a obra de Juan busca mostrar que o choro dura uma noite, mas a alegria vem pela manhã, para todos aqueles que acreditam no Mestre das Perguntas.

Ficha técnica:

Livro: O Mestre das Perguntas
Autor: Juan Molina Hueso
Editora: Viseu
ISBN: 978-65-598-5414-1
Páginas: 275
Formato: 14 x 23
Categoria: Espiritualidade
Preço: R$ 59,90
Link de venda: https://amzn.to/3jbfzVd

Ademais, leia mais:

A Imagem da Tolerância | Conheça o documentário sobre um símbolo da benevolência
Casa do Triunfo | Livro aborda peregrinação e aparição de Nossa Senhora
Aparecida do Brasil | O documentário que é reportagem sobre a imagem da santa
 

Crítica

Crítica: O Cachorro que se Recusou a Morrer

Publicado

em

Cena da A peça O cachorro que se recusou a morrer

“O Cachorro que se Recusou a Morrer” tem criação, texto e atuação de Samir Murad, e bebe em suas experiências de vida. A cenografia de José Dias constrói um ambiente que é mais do que um mero cenário; é um componente narrativo, imergindo o público nos diversos tempos e espaços que compõem a história. Isso em conjunto com o eficiente videocenário concebido por Mayara Ferreira.

A princípio, num drama autoficcional, Samir Murad, descendente de imigrantes libaneses, entrelaça sua memória afetiva em uma narrativa. Êxodo, matrimônio por encomenda, confrontos culturais e saúde mental compõem os temas que o ator carrega em sua bagagem.

Uma das maiores virtudes do espetáculo é a riqueza da cultura árabe familiar que permeia a obra. Aparece, por exemplo, em projeções fotográficas, e na boa trilha sonora, fruto da colaboração entre André Poyart e o próprio Samir Murad, que enriquece a experiência sensorial do espectador.

Segunda metade de “O Cachorro que se Recusou a Morrer” desperta

Entretanto, a peça demora a engrenar. A primeira metade é lenta, não cativa, falta uma maior dinamicidade, e, talvez, ficar mais enxuta. Isso não acontece na segunda parte, que é muito mais fluida e desperta os espectadores.

Por outro lado, Samir é um showman. É como um Chaplin de descendência árabe buscando suas raízes. A entrega dele no palco tem uma força emocional deveras potente. Dessa forma, para aqueles que gostam e desejam saber mais sobre a cultura árabe, pode valer testemunhar essa obra no Centro Cultural Justiça Federal, até o dia 17 de dezembro, sempre aos domingos às 16h.

Serviço

Local: Centro Cultural Justiça Federal

Endereço: Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro.

Próximo a Estação Cinelândia do Metrô Rio.

Informações: 21 3261-2550

Temporada: 19 de novembro a 17 de dezembro, aos domingos, às 16h.

Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)

Vendas na bilheteria do Teatro ou antecipadas pelo site Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ocachorro

Capacidade de público: 141 pessoas

Classificação: 10 anos

Duração: 75 minutos

Drama bem humorado

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências