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Tântrica Santina – Rita Rocha e Alhandra A falam sobre teatro, política e resistência

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tantrica santina com rita rocha

Quem é Tântrica Santina? Qual o papel do teatro? Rita Rocha, atriz, diretora teatral, desenhista, e Alhandra dos Santos, também atriz, diretora teatral, assistente de direção, foram entrevistadas para o Vivente Andante e falaram sobre experiência teatral, política, cultura e arte. Além disso, comentaram também sobre o trabalho na peça Tântrica Santina forjada em sangue a sorte imaculada e um homem, a qual traz, em uma atuação visceral, Rita Rocha realizando um monólogo em cima da dramaturgia de Thor Vaz.

A princípio, Alhandra dos Santos, assistente de produção e direção começa o espetáculo lendo uma introdução que convida o público a rodear o centro do palco onde a protagonista atua. Indubitavelmente é uma proposta que visa uma experimentação e uma interação, permitindo pontos de vistas diferentes para os espectadores que aceitam a vivência.

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Aliás, a peça Tântrica Santina critica a religiosidade exagerada e a hipocrisia que surge a partir disso, assim como o machismo repressor. Isso ocorre em sua maior parte através de metáforas. Todavia , essa crítica é clara e contundente. O espetáculo exige bastante atenção. Rita Rocha deita, pula, rola, fala, grita, sofre, luta. Salta de um lado para o outro, bate no chão, sua de verdade.

Inclusive, o esforço da atriz para trazer veracidade ao papel é louvável e alcança êxito. A preparação feita por Ilona Wirth merece congratulações e a expressividade corporal de Rita lhe permite ficar em posições diversas e difíceis – em certos momentos lembrando até algumas cenas do filme O Exorcista de 1973.

Despertou a curiosidade? Ouça a entrevista 🙂

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Entrevistas

Trilha de Letras exibe entrevista inédita com Jeferson Tenório

Autor de ‘O avesso da pele’ fala da polêmica envolvendo seu livro.

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Trilha de Letras.

O escritor Jeferson Tenório é o convidado da edição inédita do Trilha de Letras que vai ao ar na TV Brasil nesta terça-feira (19), às 22h30. Com condução de Eliana Alves Cruz, o autor fala, na entrevista, sobre a polêmica envolvendo O Avesso da Pele (2020), censurado em escolas de três estados brasileiros.

“Foi uma surpresa pela criatividade das interpretações e, também, pela repercussão”, conta o autor. Para ele, toda a polêmica em torno da obra mostra o quanto o romance, vencedor do Prêmio Jabuti, incomoda o segmento ultra conservador da sociedade. “Acho que talvez o livro tenha sido a bola da vez. É uma obra que carrega algumas questões sensíveis como, por exemplo, a violência policial”, completa.

A censura

Após a obra ser aprovada em 2022 para integrar o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) – política do Ministério da Educação (MEC) que avalia e disponibiliza publicações às escolas públicas -, as secretarias de educação do Mato Grosso do Sul, de Goiás e do Paraná afirmam que o livro O Avesso da Pele apresenta “expressões impróprias” para menores de 18 anos. Em função da linguagem inadequada e da descrição de atividade sexual citadas pelos órgãos, o livro distribuído aos alunos do Ensino Médio precisaria ser reavaliado ou retirado das bibliotecas das instituições.

Ao narrar a história do personagem Pedro, que teve o pai assassinado em uma abordagem policial, Jeferson Tenório trata de temas como racismo, educação, amor aos livros e relacionamentos familiares – e revela um país marcado pelo preconceito e por um sistema educacional falido.

Professor da rede pública de ensino, o escritor fala ainda sobre sua experiência em apresentar livros diversos aos alunos; as conexões políticas entre ascensão da extrema direita no mundo e a censura; e sobre ser um escritor negro.

O autor

Jeferson Tenório. Foto: Divulgação.

Carioca radicado em Porto Alegre, Jeferson Tenório estreou na literatura com o romance O beijo na parede (2013), eleito o livro do ano pela Associação Gaúcha de Escritores. É autor também de Estela sem Deus (2018), que teve textos adaptados para o teatro e contos traduzidos para o inglês e o espanhol.

A respeito do caminho para a formação intelectual e literária dos brasileiros, Tenório acredita que é preciso que a sociedade encare e resolva eventos históricos que chamou de “trágicos”: a escravidão e a ditadura. “Apenas políticas públicas podem impedir retrocessos no que já avançamos em relação ao racismo e à censura”, destaca.

O programa

O Trilha de Letras busca debater os temas mais atuais discutidos pela sociedade por meio da literatura. A cada edição, o programa recebe um convidado diferente. A atração teve idealização da jornalista Emília Ferraz, em 2016, atual diretora do programa que entrou no ar em abril de 2017. Nesta temporada, as gravações aconteceram na BiblioMaison, biblioteca do Consulado da França no Rio de Janeiro

A TV Brasil já produziu três temporadas do programa e recebeu mais de 200 convidados nacionais e estrangeiros. As duas primeiras temporadas tiveram apresentação do escritor Raphael Montes. A terceira, de Katy Navarro, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A jornalista, escritora e roteirista Eliana Alves Cruz assume a quarta temporada, que também ganha uma versão na Rádio MEC.

Serviço

Trilha de Letras com Jeferson Tenório

Estreia: Terça-feira, 19 de março, às 22h30, na TV Brasil.

Reprises:

Quarta-feira, 20 de março, às 03h30, na TV Brasil.

Quarta-feira, 20 de março, às 23h, na Rádio MEC.

Sábado, 23 de março, às 18h30, na TV Brasil.

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