No dia 2 de março de 2023, estreia nos cinemas do Rio de Janeiro e São Paulo o novo documentário da Quiprocó Filmes: Rio, Negro, dirigido e roteirizado por Fernando Sousa e Gabriel Barbosa.
É um documentário com uma narrativa afrocentrada que aborda a influência da população negra de origem africana na formação da cidade do Rio de Janeiro. Mostra a formação das comunidades carnavalescas, os costumes religiosos e os saberes ancestrais. Ainda por cima, analisa a perseguição institucional que culmina na transferência da capital para Brasília, realizada por meio do que o filme também revela ser uma estratégia de apagamento.
O doc reúne depoimentos de personalidades cariocas como Haroldo Costa, Luiz Antônio Simas, Mãe Meninazinha de Oxum, Tainá de Paula, o carnavalesco Leandro Vieira, Helena Theodoro, entre outros, além de imagens e documentos históricos.
A saber, o Rio, no início do século XXI, era o maior epicentro de chegada de negros escravizados de toda a América. Os depoentes do filme recontam essa história. O longa é o primeiro projeto cultural financiado pela Casa Fluminense, organização da sociedade civil criada em 2013 para fomentar e criar ações efetivas voltadas à promoção da igualdade, ao aprofundamento democrático e ao desenvolvimento sustentável do Rio de Janeiro.
Aliás, se liga no trailer oficial de Rio, Negro, e siga lendo:
“Em Rio, Negro, o período de transição entre a monarquia e a república é tratado como um momento crucial para a vida social e política da cidade. Foi também quando a população urbana pobre e preta se consolidou, se organizou e foi amplamente acossada pelo Estado. O filme vem pensar a cidade a partir da presença e contribuição dessa população, responsável pelo nosso modo de ser, nossa linguagem falada e corporal, nossas crenças, entre tantas outras características marcantes presentes no nosso cotidiano”, diz o diretor e roteirista Fernando Sousa.
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