Dragon’s Dogma, um anime original da Netflix, viaja pelos sete pecados capitais, em cada um dos seus episódios. Entre monstros humanos e humanos monstros. A saber, o anime tem todo um estilo 3D, com muita computação gráfica, talvez para remeter ao jogo de videogame de onde foi originado. Pessoalmente, não é algo que me agrade muito, pois dá uma impressão maior de artificialidade. O estilo clássico 2D traz uma dinamicidade maior na minha concepção. Porém, pode ser falta de costume, e, para o caminho que o anime segue, tem lógica.
A abertura é sinistramente bonita de tom épico e o protagonista Ethan vai nessa jornada em busca de vingança com a ajuda de uma protetora. O primeiro capítulo é a ira, que tem ligação direta com o último, a partir dos seus acontecimentos e tragédias. No geral, é tudo muito rápido e dificulta que formemos conexões com os personagens. Posteriormente, a história vai firme nos clichês. Protagonista tem como foco a vingança contra um vilão que matou sua família. Entretanto, a questão de cada episódio trazer um pecado capital possibilita coisas boas, ao fazer metáforas com as criaturas que Ethan enfrenta e os verdadeiros monstros que conhecemos. Apesar de tudo, o herói tenta fazer o bem, e, seguidamente, recebe lições que o fazem rever a humanidade. O final eu não diria que é clichê.
Preguiça
Aliás, há cenas bem violentas e sanguinolentas. A principal personagem feminina é uma peoa, uma serva de Ethan, uma auxiliar pura e simplesmente, sem personalidade, a princípio. O anime pode ser considera misógino e é masculinizado ao extremo. O quarto episódio apresenta reflexões sobre os malefícios das drogas, em especial, parece uma metáfora com a maconha, haxixe, e similares, que causam letargia e favorecem o pecado capital que dá título ao episódio: preguiça.
Luxúria
No episódio seis, da luxúria, é quando finalmente sabemos mais sobre a vida pregressa de Ethan. Os protagonistas encontram um demônio com aparência feminina ligado ao sexo que rouba energia vital, o súcubo. Faz falta um aprofundamento no personagem, mas Ethan e Hannah vão cada um em sua própria evolução, e, em verdade, é isso que importa para a história.
Por fim, há somente sete episódios, o que facilita maratonar e é bom rever alguns monstros mitológicos. Para quem gosta de histórias medievais, tem mais atratividade. Porém, nem dá para comparar com tantos outros animes do gênero de muito melhor qualidade como Record of Lodoss War e Berserker.