Segundo pesquisa da Booking.com, o impacto da pandemia fez os turistas valorizarem ainda mais o custo-benefício de uma viagem. E os brasileiros são os que mais pesquisam e planejam. Pelo jeito damos mais valor, né?
A pandemia afetou o mundo inteiro. Porém, à medida em que restrições forem suspensas, os viajantes brasileiros passarão a exigir um custo-benefício e segurança maiores na hora de planejar suas viagens futuras.
É o que aponta uma pesquisa* da Booking.com: no Brasil, 8 em cada 10 viajantes (84%) ficarão mais atentos aos preços na hora de pesquisar e planejar uma viagem após a pandemia. Enquanto 78% esperam que as empresas de viagem os ajudem com planos futuros de viajar por meio de descontos e promoções. Mesmo assim, em ambos os casos, os brasileiros ocupam a primeira colocação entre as 28 nacionalidades pesquisadas.
Soy loco por ti, America
A América Latina, inclusive, será a região com mais viajantes preocupados com preços. Além dos números referentes aos brasileiros, 77% dos colombianos, 76% dos mexicanos e 74% dos argentinos estão de olho nos valores. Mas, viajantes da Ásia não ficam atrás quando se trata de atenção aos custos, já que os tailandeses (78%) e vietnamitas (76%) também pretendem priorizar os preços. Os viajantes com menos probabilidade de se importar com valores são os da Dinamarca (34%), Países Baixos (37%) e Alemanha (38%). Claro, não é? Estão nadando nos euros!
Aliás, conhece o Salar de Uyuni? Olha só!
Como a economia é um dos principais fatores, a escolha de destino também vai mudar, e muitos lugares desejados terão que ficar para outro momento. Afinal, quase metade (46%) dos viajantes brasileiros dizem que preferem fazer uma viagem com desconto para um lugar que talvez não tivessem escolhido em vez de pagar mais caro por um destino dos sonhos.
Curto prazo
Também haverá uma ênfase maior em viagens a curto prazo, com 6 em cada 10 (63%) viajantes brasileiros afirmando que vão preferir fazer uma viagem que podem pagar imediatamente em vez de economizar para fazer uma viagem dos sonhos, porém incerta. Em meio aos demais países consultados, o Brasil fica apenas atrás da Tailândia (72%) e do Vietnã (68%) quando o assunto é a priorização de preços a curto prazo.
No entanto, a exigência de um bom custo-benefício vai além do preço. O desconforto com a ideia de ter que cancelar uma viagem significa que a flexibilidade será um ponto crítico para 82% dos viajantes brasileiros. Por fim, eles afirmam que, para melhorar o custo-benefício, as plataformas de viagem precisam de mais transparência nas políticas de cancelamento, processos de reembolso e opções de seguro-viagem.
* A saber, pesquisa encomendada pela Booking.com e realizada com um grupo de adultos que viajou a lazer ou a trabalho nos últimos 12 meses, e que planeja viajar nos próximos 12 meses (se/quando as restrições de viagem forem suspensas). No total, 20.934 entrevistados em 28 mercados responderam a uma pesquisa online em julho de 2020.