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Cultura

Aprenda os erros que fazem de um evento um fracasso | Fyre Festival

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Fyre Festival e a aula de um fracasso.

Fyre Festival. O que você acharia de ter uma experiencia incrível numa ilha paradisíaca, com shows de nível mundial e tudo do bom e do melhor, gente bonita e festa por dias?  Incrível, né!?  Esse era o sonho vendido pelo Fyre Festival, feito por Billy McFarland, com a ajuda de Ja Rule (aquele mesmo, da música ‘Wonderful’

No começo tudo era lindo, contrataram mais de 10 supermodelos, levaram para uma ilha paradisíaca por alguns dias para filmagens e festas. Além disso, postagens feitas para qualquer pessoa pensar que teria a vida de um rapper ou rockstar. Chegaram a pagar 250 mil dólares por uma postagem da Killie Jenner, e fizeram uma estratégia de marketing que não podemos negar que foi boa. Aproximadamente 250 influencers postando apenas uma imagem toda laranja e na descrição #fyrefestival. Isso chamou atenção de todos, inclusive de investidores que chegaram a deixar de investir no Coachella para investir no evento, juntamente com um público sedento por uma experiencia totalmente diferente. Mas até aí tudo bem… até ver que o planejamento todo durava só até essa parte.

O que as pessoas esquecem e que trabalhamos com sonhos e vivências, essas pessoas tem suas expectativas naquilo que propomos a elas, principalmente quando lidamos com um evento de ingressos e serviços caros, como uma casa na ilha a bagatela de 250 mil dólares, e um evento que freta aviões para uma ilha no meio da Bahamas, você está lidando com um público muito seleto e muito exigente.

Enfim, entenda os erros:

Primeiro erro: Planejamento

Planejamento falho.  Você precisa de um planejamento de, em média, 12 meses para um evento desse porte. E, aliás, já ter uma lista de artistas possíveis, outra de investidores/patrocinadores e outra de fornecedores. Ou seja, aqueles que vão levar o palco, o alimentos e bebida do evento, garçons e serviços diversos que você terá. Sem isso seu evento não funciona e não consegue chegar nos próximos níveis de produção.

Segundo erro: Não minta

Para mim o maior em questão do Fyre FestivalNÃO MINTA PARA O SEU PÚBLICO!  Sério, se você não pode fazer aquilo, não seja um mentiroso ou alguém que vai achar que “podemos colocar aqui e ver se na hora acontece ” porque não é assim que ocorre,. Precisamos ter responsabilidade sobre isso, é a vida das pessoas naquele espaço que você está criando, além de poder ser processado por coisas do tipo, você vai ter sua credibilidade indo a ZERO.

Terceiro erro: Não ouvir a equipe

Você tem que confiar nas pessoas que trabalham com você. Não estar atento a isso, além de gerar um ruído de comunicação que pode se tornar irreversível, fecha as portas de novas ideias ou soluções, além de até criar inimigos dentro do próprio ambiente de trabalho

Quarto erro: Falta de especialistas

Você precisa de pessoas altamente qualificadas, principalmente pra um evento desse porte. Ou seja, seguranças, chefs de cozinha, arquitetos, montadores, especialistas de som, iluminação, e uma estruturação gigantesca. Você precisa do planejamento bem feito (primeiro erro) para conseguir acessar os profissionais certos para isso, além, logicamente, de ter capital para toda essa gente.

Quinto erro : Controle financeiro

Você precisa ter a ideia desde o começo de quanto seu evento vai orçar. Ou seja, até onde ele pode ir para mais ou para menos. Além disso, deve sempre deixar um valor de reserva para emergências (em média se fala em 7/8 % do valor bruto em caixa). O gasto desenfreado do evento seja com coisas supérfluas ou não, pode ruir o seu orçamento completamente a ponto de que não conseguir manter. Afinal, vemos isso claramente com esse evento.

O que vemos com essa sucessão de erros é uma aula de como tudo pode dar muito errado, mesmo você tendo muito dinheiro para fazer algo. Logicamente sabemos que a fraude dos números foi totalmente criminosa e determinante para o erro, mas todos esses que citei acima contribuíram demais para que fosse o fiasco mundial, a ponto de virar um documentário na Netflix.

Se posso dar uma dica pessoal a quem quer começar em eventos, seria ser humilde e começar aprendendo com as pessoas que já estão no mercado. Afinal, elas não chegaram aonde estão à toa e partiram do ponto zero algum dia. Ninguém nasce sabendo e todos somos aptos e devemos aprender todos os dias. Se você mantiver essa humildade de aprender e for determinado, tenho certeza que os erros serão consertados e que o que fizer vai dar certo.

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Cultura

Mostra Arte das Quebradas | Evento gratuito acontece no sábado

A segunda edição da Mostra Arte das Quebradas 2023 acontece no MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira

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mostra arte das quebradas perfomance por nos credito Adilene do Carmo

A segunda edição da Mostra Arte das Quebradas 2023 acontece no próximo sábado (25) no MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira localizado na Gamboa, a Pequena África carioca.

A programação começa com a Oficina de Isogravura, apresentada pela artista Gravadora Amadora, que integra a exposição coletiva “Trajetórias Contemporâneas”, e será das 14h até 15h30. Na sequência, Cynthia Mattos chega com a Oficina Contando Histórias Memórias e Afetos, das 16h às 18h.

Aliás, se liga nesse podcast a seguir, e segue lendo:

Já para quem ama o audiovisual, a partir das 15h, no Auditório, tem a exibição de “Caminho das Pedras”, da cineasta Sandra Lima e assistência de direção de Paulo Silva.

O público também poderá conferir os curtas de participantes da Oficina de Audiovisual UQ +DOC22 com Paulo Passos, Sandra Lima e Raphael Kepler. Filmes: “Como é que eu devo fazer um muro no fundo da minha casa”, de Laerte Gulini; “Enfeitiçada”, de Paula Carriconde e “Museu é o Mundo”, de Gustavo de Carvalho. Ao final de todas as exibições, Roda de Conversa com os cineastas e o público.

Performances

Ainda por cima, acontecerão diversas performances a partir de 16h30. “Por Nós”, com Jaqueline Calazans, trata da discussão sobre o empoderamento da mulher negra, seu espaço na sociedade e questões sobre a sua visibilidade e também reflete acerca da objetificação dos corpos, pretendendo fortalecer a sororidade feminina no âmbito da etnia. Será apresentada no pátio.

Adeolá Marques e Viviane dos Santos apresentam “Amas de Leite”, com direção de Willian Santiago. Será apresentada no Auditório. E, sem seguida, “Sape”, com o convidado da República Democrática do Congo Thezis Lyindula Lutete (Noir African Thezis), de la SAPE, que é uma cultura, uma arte. SAPE significa Sociedade dos Artistas e de Pessoas Elegantes. Thezis veio como refugiado do Congo em 2015, é ator e performer, atua divulgando sua cultura. Será apresentada no auditório.

Música e Poesia

A partir de 18h tem as apresentações de DJ Marjan e MC Emana com a música e a poesia do Hip-Hop que retratam as questões sociais, de invisibilidade, onde emergem potências que afloram no nosso dia a dia.

Para encerrar o dia, Sarau de Música e Poesia até 20h com Marcio Rufino, Mery Onírica, Lindacy Menezes e Yolanda Soares.

A exposição multilinguagem coletiva “Trajetórias Contemporâneas” poderá ser conferida até o dia 1º de abril, de quarta a sábado, entre 10 e 17h, na Sala Mercedes de Souza, no MUHCAB. A mostra apresenta uma mistura de fazeres artísticos, que contam as trajetórias de multiartistas que utilizam materiais reaproveitáveis para construir suas obras, como uma forma de usar materiais possíveis e reinventar a partir destes. São eles: Gravadora Amadora, Lord, 7Flechas, Thais Linhares e Lourdes Maria.

Por fim, importante ressaltar que toda a programação da Mostra Arte das Quebradas em qualquer um dos dias é inteira gratuita.

SERVIÇO:

MOSTRA ARTE DAS QUEBRADAS

LOCAL: MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira

ENDEREÇO: Rua Pedro Ernesto, nº 80 – Gamboa – Pequena África – Rio de Janeiro – RJ

DATA: 25 de março

ENTRADA FRANCA em todas as atividades. Menores de idade acompanhados de um responsável

OFICINAS

14h às 15h30 – Oficina de Isogravura com Gravadora Amadora

16h às 18h – Oficina Contando Histórias Memórias e Afetos com Cynthia Mattos

AUDIOVISUAL – Exibição e debate

15h – “Caminho das Pedras”, de Sandra Lima e assistente de direção: Paulo Silva

Curtas de participantes da Oficina de Audiovisual UQ +DOC22, com Paulo Passos, Sandra Lima e Raphael Kepler

Filmes dos participantes:

“Como é que eu devo fazer um muro no fundo da minha casa”, de Laerte Gulini

“Enfeitiçada”, de Paula Carriconde

“Museu é o Mundo”, de Gustavo de Carvalho

PERFORMANCES

16h30

“Por Nós”, com Jaqueline Calazans

“Sape”, com o performer convidado do Congo, Noir Africain Thezis

“Amas de Leite”, com Adeolá Marques e Viviane dos Santos

MÚSICA E POESIA

18h

DJ Marjan e MC Emana

Sarau música e poesia com Marcio Rufino, Mery Onírica, Lindacy Menezes e Yolanda Soares.

VISITAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “TRAJETÓRIAS CONTEMPORÂNEAS”, de quarta a sábado, das 10h às 17h (até 1º de abril).

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