Conecte-se conosco

Cinema

Ilhas de Fé (Semes7a) | A luta pela natureza em viagem na cultura da Indonésia

Publicado

em

Ilhas de Fé Semes7a na Netflix Vivente Andante

Ilhas de Fé (Semes7a) é um documentário voltado para a proteção do meio ambiente. Parece fazer uma pergunta: fé e proteção da natureza caminham juntos? Foi filmado na Indonésia e traz um pouco da beleza do local que guarda a terceira maior floresta tropical do mundo. A princípio, o filme percorre sete comunidades em sete províncias. Viajei por esse país diverso através dessa obra. Percorri as matas com os indígenas, rezei com os nativos. Vi algo que parecia um carnaval e muitas cores. Percebi as dificuldade daqueles povos, a diversidade de crenças.

Acabei lembrando de quando dei a volta caminhando pela Ilha Grande, na cidade de Angra dos Reis, que faz parte da Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro. Cada comunidade, cada praia, era diferente da outra apesar de estarem todas na mesma ilha. Tem a Vila do Abraão, onde chega a maioria dos barcos, como se fosse a “cidade grande”, a capital de lá. Duas horas dali tem Dois Rios, que tem um núcleo de uma universidade, e é como outra cidade, menor. Palmas é relativamente perto de Abraão, uma hora de trilha, mas tem outro estilo e é caminho para a famosa Lopes Mendes, reserva ambiental. Parnaioca quase não tinha moradores, e o gosto de rusticidade era maior. Em Aventureiro, vão muitos mochileiros e surfistas – e quem quer tirar foto no coqueiro torto para postar nas redes sociais.

Trailer sem legendas:

Nyepi

Voltando para Indonésia, entre os rituais que aparecem, há um dia chamado Nyepi, onde nenhuma luz pode ser ligada e o povo deve ficar em casa e descansar. Essa tradição impede que 30.000 toneladas de emissão de carbono sejam evitadas de ir para a atmosfera. Reduz a emissão da ilha em um terço.

Em certo momento, um padre católico diz que Deus, no livro do Gênesis, explica que o ser humano deve cuidar da criação Dele. O padre consegue implementar energia elétrica a partir de um rio em uma pequena comunidade que antes usava barulhentos e poluentes geradores. Energia limpa é o caminho.

Afinal, Ilhas de Fé é eficaz em mostrar pessoas de crenças diferentes que amam a natureza e buscam meios de melhorar a harmonia entre seus povos e ela. Estão preocupados com o aumento da poluição, da destruição dos ecossistemas, que trazem consequências drásticas para todo o planeta. Discorre sobre o respeito ao mar, aos animais, educação ambiental e permacultura. É um filme bonito e útil, que une ecologia, cultura e antropologia.

Ademais, veja mais:

Um dia nas cascatas do Peneda-Gerês e as melhores cachoeiras do mundo
Shot da Saúde | Confira uma receita para a imunidade
Por fim, vai pra Cuba | Uma viagem pela ilha polêmica

Anúncio
3 Comentários

3 Comments

  1. Pingback: Ao Futuro Espectador | Veja o documentário com Hilda Azevedo sobre cinema no Brasil

  2. Ludymilla Martins Chagas Ribeiro

    12 de outubro de 2020 at 22:12

    É um ótimo documentário sobre um assunto muito desgastado já por trazer vivências locais sobre as questões mais urgentes para a sobrevivência da espécie humana.
    Interligadas ou não, a natureza e a religião, uma apoia a outra. Magnífico!! Um povo simples, mas com um senso de respeito à natureza e a eles próprios.
    A integração dos jovens neste processo é grandioso.
    Agradeço pela produção, me mostrou o quanto temos a aprender uns com os outros.
    A terra é uma só.

    • Alvaro Tallarico

      13 de outubro de 2020 at 08:29

      Sim, traz uma visão diferente ao unir a questão da ecologia com visões mais espiritualizadas e de culturas regionais. A terra é uma só, isso mesmo!
      Gratidão pelo seu belo comentário!

Escreve o que achou!

Cinema

Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

‘Meu Vizinho Adolf’ aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.

Publicado

em

Após a Segunda Guerra Mundial muitos nazistas se refugiaram na América do Sul, algo que já foi abordado das mais diversas formas no cinema. Meu Vizinho Adolf, traz o tema novamente agora colocando um suposto Hitler como vizinho de um judeu que sofreu com o Holocausto. Um tema delicado que o diretor Leon Prudovsky consegue tratar bem e com um tom de humor mais discreto.

Mr. Polsky (David Hayman) perdeu toda sua amada família e decidiu viver isolado em uma velha casa na Argentina. Sua paz termina quando Mr. Herzog (Udo Kier), um alemão irritadiço, se muda para a casa ao lado. A aparência e o comportamento dele fazem com que Polsky desconfie que seja Adolf Hitler disfarçado.

Um clima triste mas que ainda nos faz rir

O personagem de Hayman passou anos evitando contato humano, sequer aprendeu espanhol, ele carrega uma dor que aperta o coração desde o início. Ainda, assim ele é um velho teimoso e também ranzinza do tipo que nos faz rir. Ao colocar na cabeça que seu vizinho é o próprio Führer, ele tenta alertar as autoridades sem sucesso.

Com isso Polsky começa a estudar a figura funesta para poder provar sua teoria. Todas as brigas e tentativas de invasão e espionagem são divertidas, não é aquele humor de fazer gargalhar e provavelmente não era essa a intenção do diretor. Conforme o filme avança, ambos vão criando uma amizade que obviamente é extremamente incômoda para Polsky. Mas ele começa a achar que estava errado até encontrar provas um pouco mais substanciais.

Um filme simples mas bem feito

Meu Vizinho Adolf não é um longa que exige cenários grandiosos, é tudo muito simples, são poucas locações. O foco são as atuações de David Hayman e Udo Kier que consegue cativar. Ambos os personagens carregam um passado cruel e toda a dor que eles sentem é revivida com força no final. A comédia fica um pouco de lado para falar de algo sério de forma acertada. Ao final temos um bom filme que consegue mostrar a crueldade do nazismo sem ter que colocar nenhuma cena pesada demais.

Estreando hoje nos cinemas brasileiros, Meu Vizinho Adolf é uma boa opção para quem quer fugir dos pipocões. Fique com o trailer:

Por último, leia mais:

Conheça a biografia do controverso Vladimir Putin em HQ

Três Verões | Crítica social que tem a ver com momento do Brasil

Entrevista | ‘A Ruptura’, documentário do diretor Marcos Saboya, aborda a corrupção

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências