Conecte-se conosco

Cinema

O Silêncio do Pântano de um escritor

Publicado

em

O Silêncio do Pântano tem bons momentos

O silêncio do pântano está logo ali, próximo. É o título de mais um filme espanhol de qualidade. Desde mais jovem vejo alguns, em especial, os do Almodóvar. Outro dia vi “O Poço” (El Hoyo) e gostei bastante. Não é do Almodóvar. Aliás, a língua espanhola tem um charme e a Espanha é um país com múltiplas culturas, algo que vem enriquecendo suas produções cinematográficas. “O Silêncio do Pântano“, por exemplo, se passa na cidade de Valência e mostra um pouco do submundo dessa localidade a partir da visão de um escritor. Sou fascinado sobre como cada escritor encontra uma forma de criar suas obras. Diria que ainda estou buscando a minha.

O protagonista desse filme se esconde em uma casa no pântano. Normalmente, os pântanos surgem em áreas onde o escoamento das águas é lento e a massa orgânica presente se decompõe ali mesmo e vai mantendo uma vegetação bem única. Hum, está aí já uma grande metáfora. No geral, é um thriller bem feito que entretém, mas nada genial ou tão impactante como “O Poço”. A questão que me pegou foi o escritor viajando dentro de suas decomposições para compor sua obra. A criação e as motivações dos personagens, como o bruto Falconetti e a chefe do crime. Recordei de “Caffé Sospeso“, documentário italiano que mostra um escritor real, o argentino Martín Malharro, que vai criando seus personagens observando as pessoas em sua volta sentado numa cafeteria de Buenos Aires.

Divagações

Enfim, o filme não impressionou, mas fez minha mente divagar. Acabei pensando em como tem gente que se preocupa mais em incomodar os outros do que exaltar ou ajudar. Gente venenosa e invejosa, gente triste. A falsidade é um dos defeitos que impede esse mundo de evoluir, contudo, traz ideias para escritores e autores inseridos no globo terrestre. De qualquer forma, ainda prefiro me afastar de pessoas tóxicas. A dificuldade  muitas vezes é a de percebê-las, ou quando vão se entranhando, destilando veneno aos poucos buscando manter um vício, tentando prender em um terreno pantanoso. Como sair disso? Com discernimento, sabedoria e uma dose de arte, a escrita, talvez.

Ademais, veja mais:

Sérgio e o Buda | Crônica
Picard e a aposentadoria | A aventura continua aqui
Caffè Sospeso é um filme aromático que desperta | Netflix

Cinema

Museu do Amanhã exibirá filmes da Mostra Ecofalante de Cinema durante a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente 2023

Serão 10 filmes do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais

Publicado

em

Aguas Do Pastaza ecofalante 2023 SEMEIA

Como parte da programação da SEMEIA, a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, o equipamento cultural exibirá 10 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.

A princípio, as sessões acontecerão entre os dias 6 e 9 de junho e contarão com acessibilidade para pessoas surdas. No dia 7, uma das produções contará também com Closed Caption e, no dia 8 de junho, no feriado de Corpus Christi, a exibição terá, ainda, com Closed Caption, audiodescrição e Libras.

Destaques

A programação da mostra abre no dia 6 de junho com o filme “Águas do Pastaza”, sobre a comunidade Suwa, localizada na fronteira entre o Equador e o Peru.

No dia 7, os curtas “Dia de Pesca e de Pescador” e “Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada” falam sobre como o brincar está inserido no dia a dia das crianças indígenas e como o cotidiano dessas comunidades se reproduzem de forma lúdica.

“Crescer onde nasce o sol” se passa numa comunidade onde o brincar parece não ter lugar e este ato se torna quase uma ação de resistência pelas crianças que, brincando, sonham com um futuro melhor. Por fim, “Aurora, a Rua que Queria Ser Rio” traz a história de um rio reprimido e canalizado para dar lugar ao “progresso”.

No dia 8 de junho, o documentário “Mata” abordará a resistência de um agricultor e uma comunidade indígena diante do avanço das plantações de eucalipto. A sessão será a única com Closed Caption, audiodescrição e Libras. Para encerrar, o último dia abre com “Borboletas de Arabuko”, que retrata o ofício de cultivadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Em seguida, “Movimento das Mulheres Yarang” documentou a história de um grupo de mulheres do povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. Por fim, “Meu Arado, Feminino”, destaca a pluralidade feminina do campo e seu elo com a natureza.

SEMEIA

De 5 a 11 de junho, a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, trará uma programação com rodas de conversa, oficinas, filmes, ativações artísticas e shows. Afinal, o objetivo é promover trocas e aprofundamentos sobre temas como preservação da água, saberes tradicionais, soberania alimentar, crise climática, direito à informação e cooperação para a sustentabilidade. Todas as atividades são gratuitas e algumas precisam de inscrição antecipada porque estão sujeitas a lotação.

Em seguida, confira a programação da Mostra Ecofalante durante a SEMEIA:

6 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Filme Águas de Pastaza (Inês T. Alves, Portugal, 60′, 2022) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

7 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Dia de Pesca e de Pescador (Mari Corrêa, Brasil, 2015, 3′) *com Libras

Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada (Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro, Veronica Monachini, Brasil, 2016, 19′) *com Libras

Crescer onde nasce o sol (Xulia Doxágui, 2021, Brasil, 13′)*com Libras e Closed Caption

Aurora, a Rua que Queria Ser um Rio (Redhi Meron, 2021, Brasil, 10′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

8 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Mata (Fábio Nascimento, Ingrid Fadnes, 2020, Brasil / Noruega, 79′) *com Libras, Closed Caption e audiodescrição

Onde: Observatório

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

9 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Onde: Observatório

As Borboletas de Arabuko (John Davies, 2020, Reino Unido, 10′) *com Libras

Yarang Mamin – Movimento das Mulheres Yarang (Kamatxi Ikpeng, 2019, Brasil, 21′) *com Libras

Meu Arado, Feminino (Marina Polidoro, 2021, Brasil, 21′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências