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Stella: Vítima e Culpada
CinemaCrítica

Stella: Vítima e Culpada é um azul onírico sobre o holocausto

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 20 de junho de 2025
6 Min Leitura
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Last Song for Stella Germany 2021 Photo Christian Schulz/Letterbox/ Majestic FilmStella Goldschlag ( Paula Beer ) gibt mit ihrer Band ein Konzert in der Wohnung der Manfred KüplerAls Stella, eine junge deutsche Jüdin, im Februar 1943 zusammen mit ihren Eltern in Berlin untertauchen muss, verwandelt sich ihr Leben in eine schuldhafte Tragödie. Durch einen Verrat wird sie von der Gestapo gefasst, gefoltert und zur „Greiferin“: Um sich und ihre Eltern vor der Deportation zu bewahren, beginnt Stella, systematisch andere Juden im Untergrund aufzuspüren und zu verraten. When Stella, a young German Jew, is forced into hiding with her parents in Berlin in February 1943, her life turns into a culpable tragedy. Through a betrayal, she is caught by the Gestapo, tortured and becomes a "grabber": in order to save herself and her parents from deportation, Stella begins to systematically track down and betray other Jews in hiding.
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Dirigido por Kilian Riedhof, Stella: Vítima e Culpada constrói uma protagonista dúbia para retratar um difícil período histórico

Quando pegamos filmes que o protagonista é um personagem que, dentro da norma social, pode ser enxergado como um vilão, a exemplo de Coringa (2019, Todd Phillips), nós na posição de público não precisamos concordar com suas ações, porém, devemos no mínimo ter empatia para compreendê-las e refletir o que faríamos se estivéssemos naquela posição, afinal, esta é uma das maravilhas da sétima arte: a possibilidade de, no período de um filme, nos colocarmos no lugar do outro.

No caso de Stella: Vítima e Culpada, considero uma personagem que se encaixa nesta descrição, afinal, desde a sua primeira aparição percebemos algumas características básicas que se destrincham ao longo da produção, inicialmente percebemos o quanto a protagonista, Stella, interpretada sutilmente e dolorosamente por Paula Beer, é vaidosa, com desejos fortes de estrelato e reconhecimento, moldando uma perseverança, e uma vontade, antes de tudo, de sobreviver, a levando a fazer algumas atitudes questionáveis.

Confira abaixo o trailer de Stella: Vítima e Culpada e continue lendo a crítica

Filmes que retratam o holocausto se tornaram quase um sub-gênero, afinal, um dos períodos mais tenebrosos e escuros da humanidade, que ocasionou a morte de mais de 6 milhões de judeus, permite que muitos filmes o explorem com o intuito de jamais esquecê-lo, levando à discussões diretas, como o caso de A Lista de Schindler (1993, Steven Spielberg), ou fábulas, como O Labirinto do Fauno (2006, Guillermo del Toro), entre outras inúmeras visões, seja do opressor, do oprimido, ou daquele que somente observava os horrores, como o caso da família em Zona de Interesse (2023, Jonathan Glazer).

Stella: Vítima e Culpada

Cena de Stella: Vítima e Culpada- Foto por Christian Schulz/Letterbox/Majestic Film

O fato de Paula Beer ser uma atriz muito bonita e muito expressível, com grandes olhos azuis que ficam mais azulados ao longo da produção, simbolizando um distanciamento cada vez maior de seu status como judia, permite que público acompanhe sua jornada com muito mais organicidade. Acompanhamos Stella inicialmente com uma vida estável, para sua inevitável decadência com o passar dos anos de guerra, a levando a tomar decisões questionáveis para proteger a si mesmo e à sua própria família: entregar e deletar para a Gestapo, amigos e conhecidos judeus.

Stella: Vítima e Culpada não é uma produção fácil de se assistir, ainda mais por seu ponto de vista ser de uma mulher no melhor estilo Dalila, personagem bíblica que traiu o filho de Deus, Sansão, ao entregar para os fariseus o segredo da sua força, e enxergada nos textos sagrados, como uma de suas maiores traidoras.

É fácil julgarmos as atitudes do outro e refletirmos: “que vergonha, eu não faria isso”, porém, jamais saberemos o que realmente faríamos, a menos que estivéssemos exatamente naquela posição.

Com uma cinematografia que foca em uma iluminação vermelha, e principalmente um gritante azul onírico, no melhor estilo Veludo Azul (1986, David Lynch), e uma direção de arte bem eficiente, a maior questão de Stella: Vítima e Culpada é o seu ritmo, afinal, demoramos quase uma hora de filme para chegar na questão que foi prometida desde o começo: a “traição” de Stella contra o seu próprio povo, sendo favorecida seja com vantagens sociais, ou somente para evitar ser arrastada para o campo de concentração de Auschwitz.

Stella: Vítima e Culpada

Stella: Vítima e Culpada- Foto por Christian Schulz/Letterbox/ Majestic Film

O fato de demorar tanto tempo para chegar em algo que o espectador já apresentava consciência que iria acontecer, ocasiona um cansaço inevitável, porém, quando a cena finalmente chega, os acontecimentos não decepcionam.

Apesar de facilmente podermos acusar Stella por conta de suas atitudes, nós entendemos suas motivações, afinal, a lógica naquele período era a de sobrevivência, e uma das maiores reflexões que a produção ocasiona no espectador é: “será que eu não faria o mesmo?”, algo que só se torna possível por conta de sua protagonista apresentar um ponto de vista único, se compararmos com outros filmes de holocausto, sendo mais dúbia e evitando cair em uma dicotomia bem e mal, afinal, ela era somente humana.

Stella: Vítima e Culpada estreia nos cinemas no dia 19 de Junho, com distribuição da Mares Filmes.

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Tags:Crítica Stella Vítima e Culpadafilme sobre holocaustoholocaustoMares FilmesPaula BeerStellaStella: Vítima e Culpada
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