Sempre tem aquela pessoa que, depois de dois minutos sentada, tentando meditar, começa a pensar na piscina ou no resto do doce que ficou na geladeira. Talvez ainda no último episódio de uma série na Netflix e acaba abandonando a meditação por ansiedade.
Você se identificou? É comum, graças a isso, muita gente achar que meditar não é para todo mundo definitivamente. Que essa “coisa zen” depende de paciência, desprendimento e, portanto, não vai ajudar muito quem é apressado ou ansioso. Mas isso é um erro dos grandes, e provavelmente é por um detalhe pequeno que você não está conseguindo. Então, vamos explorar rapidamente alguns pontos que podem fazer você mudar de ideia. Dessa forma, pode começar de uma vez por todas a dedicar-se a essa prática tão positiva para a nossa saúde mental e emocional.
O que é meditação?
O primeiro ponto e talvez o mais importante de todos é entender de verdade o que é meditação. Sério, não é difícil você ter entendido errado do que se trata, já que se vende muitas vezes por aí em filmes e até reportagens apenas uma imagem ou os benefícios, e com isso se perde a natureza dessa prática. Meditação é algo muito simples, mas a ideia de criar uma imagem para vender cursos pode ter acabado levando muita gente a não entender direito a mensagem.
A questão fundamental é estar consciente. Estado meditativo é estado consciente. O importante não é como você chega lá, porém chegar. Se a sua prática ajuda a ficar mais consciente da sua mente, das suas emoções, e assim entender cada vez mais como você funciona interiormente… em outras palavras, se traz autoconhecimento, então você aprendeu a meditar. Ainda que, estranhamente, meditação não é algo que tenha objetivos, essa consciência tem que acontecer naturalmente.
Sentar-se e ficar em silêncio
Bom, pelo que você leu acima, já deu pra entender que aquela imagem de alguém sentado em silêncio não é meditação de fato. Se você fizer isso, mas a consciência não surgir, nada feito. Estar sentado, assim como estar em silêncio, são recursos que podem ajudar alguém a alcançar aquele estado. Mas se você não se dá bem com eles, não tem problema algum. Há muitas outras ferramentas. E isso é importante! Há diferentes técnicas porque há diferentes pessoas. Para meditar, você precisa estar confortável. Se uma determinada postura lhe causa incômodos, então dificilmente você encontrará o conforto e relaxamento necessários para poder observar-se interiormente, pois a todo instante uma perna dormente, uma dor na coluna, ou qualquer outro cansaço vai tomar a sua atenção.
Fazer a técnica se adaptar a você
A princípio, é por isso que você precisa, ao invés de se adaptar a uma técnica, fazer uma técnica se adaptar a você, às suas necessidades. Mas como fazer isso? No meu livreto “Tudo o que você precisa aprender para começar a meditar”, eu apresento vários recursos como: posturas, mantras, falo de como criar um ambiente, por quanto tempo se meditar…
Tudo em função de desconstruir os mitos que se tem a respeito dessa prática incrível e entregar conhecimentos de forma leve e didática para que as pessoas possam fazer ajustes e com isso se tornarem praticantes de verdade. Por exemplo, para alguns não é possível meditar prestando atenção na respiração se há barulho do lado de fora. Então um caminho pode ser colocar a atenção em uma trilha sonora com fone de ouvidos, ou mantra, ao invés de se frustrar e desistir. Há muitas e muitas formas de se meditar, e pequenas alterações são possíveis e muito úteis, por isso é importante conhecer o máximo possível de ferramentas.
Estudos
Por fim, há tantos estudos que atestam a eficácia da Meditação na saúde emocional das pessoas. Algo assim, fácil e simples, que melhora a concentração, que cria alívio para futuros momentos onde se precisa estar bem, seja no trabalho ou estudos, não é para desprezar só porque não se tem a dimensão exata do que é. Dois minutos, quarenta minutos… o importante é alguma constância e facilidade. E isso eu garanto que você pode conseguir. Portanto, reveja as ideias que tem sobre o assunto, informe-se, e tenha um incrível encontro consigo mesmo.
* Texto de Luís A. Delgado, ganhador do prêmio “Personalidade 2015” na categoria Arte Literária pela Academia de Artes de Cabo Frio-RJ – ARTPOP, e agraciado com o prêmio Clarice Lispector de Literatura na categoria “Melhores Romancistas” pela Editora Comunicação em 2015. Atualmente é sócio correspondente na Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras e Mestre em Reiki e Karuna Reiki, possuindo o mais alto título que um profissional do Reiki possa ter.