Cantora, atriz e diretora musical mineira, Josy.Anne lança um novo álbum: “Mozamba”. O trabalho chega nas plataformas digitais em 20 de janeiro e conta com a participação de Babadan Banda de Rua, Júlia Tizumba e o mestre Maurício Tizumba. A voz e o tambor mineiro regem a dramaturgia rítmica das canções, enquanto a percussão e beats eletrônicos se fundem a timbres de piano, violão e guitarra.
A princípio, com ancoragem na perspectiva das mulheres sobre o universo do reinado, as canções do disco foram gestadas a partir da inspiração e diálogo com as capitãs Pedrina e Ester Antonieta, a atriz Kátia Aracelle e a rainha konga Ana Luzia da Silva Moraes, todas do Massambique de Nossa Senhora das Mercês, da cidade de Oliveira, em Minas Gerais (Os Leonídeos), e da poeta, ensaísta e dramaturga Leda Maria Martins. “Mozamba se soma ao território musical contemporâneo da negra ressonância mineira de forma festiva, reflexiva e polifônica”, pondera Josy.Anne.
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Diáspora
“Eu canto a travessia desses corpos diaspóricos com fé e festa, trago uma sonoridade inédita, simples e complexa, coisas que só o mercado independente proporciona. Trago a sonoridade do reinado como direcionamento da identidade musical das canções. A voz e o tambor costurando as melodias das palavras poéticas; a voz e as melodias vocais, misturado aos ritmos dos tambores mineiros, são os principais elementos de comunicação do disco, os ruídos e beats eletrônicos, misturado a tambores e texturas do teclado, formam uma cama para a voz e tambor mineiro”, adianta Josy.Anne sobre o disco contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
Aliás, as faixas “Manganá” e “Labareda” contam com a participação da big band afro mineira Babadan Banda de Rua, como uma homenagem às tradicionais bandas do interior de Minas. Além disso, Maurício e Julia Tizumba surgem na faixa “Canela Fina”.
“Busco me conectar com artistas que estão engajados na musicalidade de seus territórios. Ter a voz de pai e filha em uma canção que fala de território é muito simbólico e emocionante, e é nesse território banto mineiro que a canção passeia. O ecossistema da música brasileira precisa vivenciar a música afro mineira na grandiosidade que ela é. Para mim, ela representa o braço cultural contemporâneo desse país”, ressalta, por fim, Josy.