Uma coprodução entre Portugal, França e Brasil, Pedro e Inês é baseado na história real do Rei Dom Pedro I, que desenterrou sua amante Inês de Castro para torná-la rainha depois de morta. O filme começa bem, trazendo o espectador para dentro de tudo, numa quebra de quarta parede. Então um tom melancólico tradicional de Portugal, que mescla poesia e romance, vai crescendo, e segue até o fim. A narração aproxima-nos de Pedro e faz-nos saber o que se passa em sua mente apaixonada. É uma das melhores coisas do longa-metragem, uma prosa poética bela que no final cresce como um louvor.
A obra conta a história de Pedro e Inês em três diferentes vidas (presente, passado e futuro). Um amor atemporal que vence as limitações do tempo. O longa é uma adaptação do romance “A Trança de Inês”, de Rosa Lobato de Faria e uma das produções portuguesas mais ambiciosas dos últimos anos.
Os protagonistas são os atores Diogo Amaral e Joana de Verona, que vivem Pedro e Inês, ao longo de três épocas. A saber, essa é considerada a mais gloriosa história de amor portuguesa. O longa é uma adaptação do romance “A Trança de Inês”, de Rosa Lobato de Faria e foi uma das maiores bilheterias de Portugal dos últimos anos. E tem razão de ser. Tem qualidade e possui a essência da cultura portuguesa.
Drama
Outra grande sucesso em Portugal foi Variações (saiba mais aqui), que conta a vida de um famoso cantor e compositor português, que segue mais parecido com Bohemian Rhapsody. Sendo assim, o ritmo e o estilo são completamente distintos de Pedro e Inês. Aqui, uma das virtudes é a cinematografia bem feita, bem perceptível em algumas das cenas iniciais, como na piscina, e, posteriormente, no belo encontro do casal com incidência da luz pela janela. Há algumas cenas que soam um pouco forçadas e artificiais que poderiam ter sido dirigidas de forma mais natural e realista, em especial na vida que parece um futuro distópico (talvez a mais fraca).
O filme foi rodado no verão de 2017 em quatro concelhos do distrito de Coimbra (Cantanhede, Montemor-o-Velho, Lousã e Coimbra). Por fim, no geral, o diretor e roteirista António Ferreira conduz bem as três vidas que se entrelaçam num rastro paixão, traições, drama, sofrimento e loucura. A trilha sonora de Luis Pedro Madeira merece citação.
Afinal, Pedro e Inês chega aos cinemas brasileiros, com distribuição da Pandora Filmes, no dia 8 de julho