Tomorrowland, já consolidado como um dos maiores festivais do mundo, viu seu futuro ameaçado pela pandemia. Porém, mostrou que se reinventar e ir pro digital pode ser uma experiência válida e diferenciada. Durante dois dias, o festival abriu as portas para que o mundo inteiro ficasse conectado, vendo e ouvindo os maiores DJs do cenário eletrônico. Aliás, a organização prometeu que não seria igual a nada já feito – e realmente não foi.
A estrutura contava com uma plataforma em formato de ilha, onde você escolhia qual dos palcos gostaria de acessar, sendo ela toda em formato de game e cheia de simbologia bem aos moldes da Tomorrowland. Além disso, contou com um público virtual, computadorizado que reage aos DJs e até canta com eles. Toda a iluminação e os sons de fogos proporcionavam uma imersão que não vi em nenhuma outra live.
Evento pago
Tivemos como representante no palco principal do evento, Vintage Culture e, no Elixir Club, Cat Dealers! Além disso, nomes consagrados e de peso como Steve Aoki, Armin Van Buuren, David Guetta, Dimitri Vegas & Like Mike entre as 60 atrações. A saber, o evento foi pago, o valor variava entre 12,50 euros para acesso a um dia e 20 euros para acesso aos dois dias. Também havia combos com as famosas pulseiras, bandeiras do festival e até uma caixa de som exclusiva.
Para aqueles que como eu nunca foram, foi uma ótima porta de entrada para conhecer um dos maiores eventos do planeta. E com certeza foi um marco a ser copiado e batido em estrutura e organização. Isso nos coloca a reflexão de como serão as inovações futuras, quem sabe (como eu e um amigo produtor discutimos), um evento onde você receba o joystick e o óculos de realidade em casa, consiga caminhar pelo evento como em um vídeo game, com seu avatar. O que acha? Loucura? Parece cada vez mais possível.