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CríticaSéries

Yu Yu Hakusho voa na Netflix

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 24 de dezembro de 2023
7 Min Leitura
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Adorava “Yu Yu Hakusho” na extinta TV Manchete nos anos 90. No entanto, jamais imaginaria que um dia se tornaria um live-action, uma série, e que poderia ser bem-sucedido. No entanto, a Netflix entregou uma ótima adaptação de “One Piece” e agora resume de forma eficiente toda a primeira saga do anime em apenas cinco episódios.

Tudo começa com a morte de Yusuke Urameshi, um jovem meio delinquente sem rumo na vida, conhecido por causar confusões. Um dia, ao testemunhar um garotinho prestes a ser atropelado, se joga na frente do carro para salvá-lo. Mas, ao ir para o além, descobre que sua ação foi tão inesperada que não se encaixa nem no céu nem no inferno. O que resta é assumir um cargo de detetive sobrenatural e voltar à vida.

O primeiro capítulo é bastante consistente e cativante. Fica fácil simpatizar com o protagonista Yusuke, um jovem problemático que se esconde com seu jeito marrento, meio carioca de ser. Botan guia os espectadores junto com Yusuke até esse outro mundo e testemunhamos o julgamento das almas.

Shô

A direção de Shô Tsukikawa conduz de maneira dinâmica as cenas de ação com toques de suspense e chances para os atores brilharem. Takumi Kitamura desempenha bem demais seu papel como Yusuke entregando o processo de mergulho em si mesmo pelo qual o garoto passa enquanto aprende a ser herói.

O maior destaque é Takumi, mas todo o elenco está bem, desde os coadjuvantes até o grupo principal. Kotone Furukawa como Botan é perfeita como a original do anime, sempre engraçada e gente boa com sua beleza sombriamente sobrenatural. Shûhei Uesugi consegue capturar o charme do Kazuma Kuwabara original, que é de grande importância para a evolução de Yusuke, um exemplo de determinação.

No subtexto da série temos uma mensagem de que os humanos podem ser mais cruéis do que os Youkais, seres sobrenaturais, demônios. A ganância, a sede de poder e a falta de respeito pelos outros são características proeminentes em vários dos seres humanos da obra, enquanto os Youkais demonstram sentimentos belos ou, pelo menos, estão dispostos a aprender.

Os efeitos especiais estão bem executados dentro da proposta, e os cenários no mundo de Koenma são impressionantes. Além disso, ao longo dos cinco episódios, somos apresentados a diversas cenas impactantes de violência e sangue. As lutas são coreografadas com maestria e autenticidade. Torcemos pelos nossos heróis e apreciamos cada momento.

No segundo episódio, Yusuke enfrenta um Youkai que mais parece uma mistura de Hellboy com Hulk, em uma luta que mostra o amadorismo, mas também a capacidade de improviso do protagonista. Conhecemos também Kurama (Jun Shison, firme) e percebemos o altruísmo de Urameshi. A trama se desenvolve em meio à ganância humana, e as novas interações formam o grupo principal de forma ágil e funcional, mérito do roteirista Tatsuro Mishima, que condensou muitos capítulos do anime em poucos episódios.

O quarto episódio atinge o ápice com as lutas de Kurama e Hiei. A luta de Kurama Youko flui de maneira estilosa, entre sangue e elegância. Por outro lado, algumas conexões entre personagens podem parecer apressadas demais, mas nada que incomode tanto. O último episódio apresenta a grande batalha, com um belo reencontro entre dois ex-amigos em outro mundo. Neste ponto, o conhecimento prévio do anime pode ser útil.

Veja o vídeo abaixo, e siga lendo:

Por fim, é impossível não destacar a dublagem, que desempenhou um papel crucial no sucesso do desenho nos anos 90. Marco Ribeiro dava voz a Yusuke, José Luiz Barbeito era Kuwabara, Christian Torreão interpretava Hiei, Duda Ribeiro era Kurama, Peterson Adriano fazia Koenma e Miriam Ficher dublava Botan. Na série, sob a direção acertada da Netflix, o estúdio MGE trouxe de volta os antigos dubladores, mantendo o mesmo estilo. A exceção fica por conta de Kuwabara, pois José Luiz Barbeito faleceu em 2018. Quem assume no live-action é Marcelo Garcia, mantendo um alto padrão. É incrivelmente divertido ouvir frases como “Vou mostrar que berimbau não é gaita!” e “Tô na área, se derrubar é pênalti!”. Isso fortalece a identificação instantaneamente, e recomendo assistir à série com essa dublagem nacional criativa e genial.

“O retorno do elenco era algo muito esperado e solicitado pelos fãs. Yu Yu Hakusho foi um marco na dublagem brasileira, ainda é citado hoje, e regressar para o live-action foi outro grande presente”, comentou Marco Ribeiro, a voz de Yusuke e também diretor de dublagem do anime.

Mesmo preservando as marcantes expressões do anime, como “pare o bonde que Isabel caiu”, Ribeiro destaca que houve, de fato, uma alteração no estilo e na abordagem da dublagem. Ele ressalta que o live-action adota uma atmosfera mais séria e sombria, em contraste com a animação, que seguia uma linha mais descontraída.

“A gente teve que fazer essa transição entre uma coisa mais debochada e jogadinha para um tom mais sério e maduro”, diz Ribeiro.

Torço para que uma segunda temporada de “Yu Yu Hakusho”, com mais episódios e tempo para construir tudo melhor venha logo. Provavelmente trará o detetive sobrenatural Sensui, mencionado rapidamente por Koenma no primeiro episódio.

Ademais, veja mais:

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Tags:critica serie yu yu hakushoyu yu hakusho netflix
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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