“Zimba” traz a trajetória e o imaginário artístico do ator e diretor polonês Zbigniew Ziembinski (1908-1978). Ele foi o precursor do teatro moderno na América Latina e mestre de várias gerações de atores brasileiros. Na Tijuca, Rio de Janeiro, tem um teatro com seu nome o Teatro Municipal Ziembinski, na Avenida Heitor Beltrão.
O filme mescla depoimentos e cenas do ator Ziembinski em seu amor pela atuação. É uma bela homenagem e um boa obra audiovisual, que não subestima o poder de vida desse homem que fez tanta diferença para a arte brasileira. Desde seu percurso na Polônia passando pela guerra que resultou na sua chegada ao Brasil. Assumiu a língua brasileira e seguiu sua vida com mais cor.
“Vestido de Noiva”, o texto de Nelson Rodrigues, ganha vida no teatro com Ziembinski, com uma forma expressionista, cenografia única em três planos e todo um jogo de luzes. Começa um novo teatro no Brasil.
A direção do filme é ótima e mantém um dinamismo prendendo o espectador entre depoimentos advindos de entrevistas diversas do artista. Parece que ele mesmo narra o filme e sua história. A diferença que ele fez na vida de tantos outros, símbolos do meio artístico brasileiro, desde o próprio Nelson Rodrigues até atrizes do naipe de Nicette Bruno, Fernanda Montenegro, Tônia Carrero, ou atores como Paulo José.
Por fim, “Zimba” é um filme bonito com direção carinhosa de Joel Pizzini estreia no dia 14 de abril de 2021 no Festival É Tudo Verdade.