Ilhas de Fé (Semes7a) é um documentário voltado para a proteção do meio ambiente. Parece fazer uma pergunta: fé e proteção da natureza caminham juntos? Foi filmado na Indonésia e traz um pouco da beleza do local que guarda a terceira maior floresta tropical do mundo. A princípio, o filme percorre sete comunidades em sete províncias. Viajei por esse país diverso através dessa obra. Percorri as matas com os indígenas, rezei com os nativos. Vi algo que parecia um carnaval e muitas cores. Percebi as dificuldade daqueles povos, a diversidade de crenças.
Acabei lembrando de quando dei a volta caminhando pela Ilha Grande, na cidade de Angra dos Reis, que faz parte da Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro. Cada comunidade, cada praia, era diferente da outra apesar de estarem todas na mesma ilha. Tem a Vila do Abraão, onde chega a maioria dos barcos, como se fosse a “cidade grande”, a capital de lá. Duas horas dali tem Dois Rios, que tem um núcleo de uma universidade, e é como outra cidade, menor. Palmas é relativamente perto de Abraão, uma hora de trilha, mas tem outro estilo e é caminho para a famosa Lopes Mendes, reserva ambiental. Parnaioca quase não tinha moradores, e o gosto de rusticidade era maior. Em Aventureiro, vão muitos mochileiros e surfistas – e quem quer tirar foto no coqueiro torto para postar nas redes sociais.
Trailer sem legendas:
Nyepi
Voltando para Indonésia, entre os rituais que aparecem, há um dia chamado Nyepi, onde nenhuma luz pode ser ligada e o povo deve ficar em casa e descansar. Essa tradição impede que 30.000 toneladas de emissão de carbono sejam evitadas de ir para a atmosfera. Reduz a emissão da ilha em um terço.
Em certo momento, um padre católico diz que Deus, no livro do Gênesis, explica que o ser humano deve cuidar da criação Dele. O padre consegue implementar energia elétrica a partir de um rio em uma pequena comunidade que antes usava barulhentos e poluentes geradores. Energia limpa é o caminho.
Afinal, Ilhas de Fé é eficaz em mostrar pessoas de crenças diferentes que amam a natureza e buscam meios de melhorar a harmonia entre seus povos e ela. Estão preocupados com o aumento da poluição, da destruição dos ecossistemas, que trazem consequências drásticas para todo o planeta. Discorre sobre o respeito ao mar, aos animais, educação ambiental e permacultura. É um filme bonito e útil, que une ecologia, cultura e antropologia.
É um ótimo documentário sobre um assunto muito desgastado já por trazer vivências locais sobre as questões mais urgentes para a sobrevivência da espécie humana.
Interligadas ou não, a natureza e a religião, uma apoia a outra. Magnífico!! Um povo simples, mas com um senso de respeito à natureza e a eles próprios.
A integração dos jovens neste processo é grandioso.
Agradeço pela produção, me mostrou o quanto temos a aprender uns com os outros.
A terra é uma só.
Sim, traz uma visão diferente ao unir a questão da ecologia com visões mais espiritualizadas e de culturas regionais. A terra é uma só, isso mesmo!
Gratidão pelo seu belo comentário!