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Rio Music Market abre com show mágico de Júlia Vargas, Mestrinho e João Donato

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Júlia Vargas e o Pop Banana no Theatro Net Rio. Rio Music Market. Vivente Andante.

Convenhamos que um evento da grandiosidade do Rio Music Market merecia uma abertura com um show forte, bem produzido e completo. Um batizado bom. E assim foi.  Na segunda-feira (10), no Theatro Net Rio, em Copacabana (RJ), Júlia Vargas fez uma apresentação em cima do seu elogiado álbum Pop Banana e ainda contou com algumas participações muito especiais.

A banda afiada e ensaiada começou a tocar, as luzes permaneciam baixas, quando Júlia entrou de capuz e capa preta meio agachada cantando “Mã”, do Tom Zé. Ela entrou com pé na porta, mostrando a que veio. Variava os tons, descendo e subindo, brincando com os sons, lembrando Ed Motta, só que, de uma forma própria. Demonstrou uma incrível técnica vocal e muita potência durante todo o show sem deixar cair em momento algum.

“De Riso e Rosa”, a cantora tirou o capuz e cantou a loucura. Dançando, rodopiando, teatralizando a exibição com maestria. Dançava enquanto cantava, cantava enquanto dançava. Na terceira música, foi-se a capa preta. Júlia, nessa hora, chegou a incitar nostalgia, ao cantar como se fosse de outros tempos, anos 40, talvez. Logo após, se ajoelhou e foi como se orasse, parecendo uma cantora lírica, uma “Lady Jane” (Geraldo Carneiro, Nando Carneiro).

No doce que eu me lambuzar

E aí, Júlia Vargas montou uma arapuca e usou toda sua sensualidade para lambuzar o público em “Comadre”. Do feitio de oração até essa tal sensualidade, abriu espaço para movimentos rápidos e energéticos de dança. Tremeu todo o corpo, bailou; nasceu para bailar, e, acima de tudo, para cantar. Após o transe musical, Júlia pega um triângulo e chama ao palco o Mestrinho. Enquanto Vargas toca e canta, Mestrinho hipnotiza com seu acordeon e o forró rola solto com “Eva Maria”. A iluminação se movimenta entre azul, laranja e o transmutador violeta.

Pop Banana e te faço um cafuné no Rio Music Market
Mestrinho e Júlia Vargas arrasaram no Rio Music Market (foto: Alvaro Tallarico)

Mestrinho faz seu instrumento chorar de alegria e manda seu grande sucesso, acariciando os espectadores com “Te Faço um Cafuné”. Júlia se mantém no triângulo e faz uma segunda voz em alguns momentos. “De Volta pro Aconchego” traz um duelo entre o acordeon de Mestrinho e a voz de Júlia Vargas. Em verdade, parece uma batalha, mas é uma harmonia que acontece, cada um com liberdade, e, enfim, quem ganha é o sortudo público presente.

A Vida não é Sopa

Deixa o palco sorrindo, o Mestrinho, e Júlia apresenta uma canção que mais parece um tango abrasileirado, uma “Pedra Dura” (André Vargas, Ivo Vargas) que soa como um diamante. A banda capricha com Roberto Kauffmann no acordeon, Gabriel Barbosa na bateria e Marcos Luz no baixo. Hora especial e João Donato com seu bom humor único entra em cena. Então, levantam a galera com “Pop Banana” em uma interpretação animada, seguida, pela mãe “Bananeira”. Até “Só Love”, Donato joga no meio. Sai do roteiro, e vai unindo carisma, experiência e qualidade. Vem o gosto de mar em “Lugar Comum” e Donato sai, ovacionado.

Mas, “A Vida não é Sopa”. Com essa o jornalista se identifica. Se saio para rua é para me desdobrar. Foto, entrevista, anotações. Como Júlia flutuando no palco, eu não ando, só sambo. Inspiração de divulgar a arte e poder presenciar um show como esse. Retornam então Mestrinho e João para o final apoteótico com “Emoriô”. João ainda manda “Besame Mucho” no seu piano.

João Donato e a Bananeira batida com Pop Banana de Júlia Vargas
Pop Bananeira: João Donato e Júlia Vargas (foto: Alvaro Tallarico)

Realmente, um evento do porte do Rio Music Market começa com a mais pura qualidade musical brasileira, a presença de palco impressionante de Júlia Vargas, a genialidade de João Donato e a destreza do Mestrinho. Portas abertas para o crescimento.

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Cultura

Artes Visuais | Projeto Casa Pública acontece gratuitamente em vários pontos do RJ

São obras inéditas em diferentes espaços abertos da cidade maravilhosa

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Casa Pública e artes visuais

Nos dias 05, 06 e 07 de maio acontece na Praça Mauá (Centro), Praça Saens Peña (Tijuca) e Praça Guilherme da Silveira (Bangu) o Casa Pública, projeto de intervenções artísticas urbanas com trabalhos inéditos de cinco artistas cariocas. É totalmente gratuito e visa atingir ao público de todas as idades.

A princípio, a ação surgiu a partir da afinidade das pesquisas das artistas plásticas Mariana Paraizo e Mery Horta, cujos trabalhos integram o projeto ao lado de obras de Ana Hortides, André Vargas e Rafael Amorim.

Inéditos, os trabalhos foram desenvolvidos especialmente para o projeto a partir das noções de acolhimento, abrigo, espaço público e privado e o direito à moradia. A intervenção acontece de forma pontual e temporária, sendo um dia em cada uma das praças escolhidas. Dessa forma, abarca públicos de várias esferas da cidade.

1º Seminário Casa Pública

Além disso, o projeto ainda realiza ao longo do dia 20 de maio no Paço Imperial (Sala dos Archeiros) o 1º Seminário Casa Pública, tecendo discussões e produção de textos críticos sobre as intervenções realizadas.

Por fim, com coordenação do crítico e professor de arte Thiago Fernandes, o seminário é aberto ao público em geral que se interessa em crítica de arte e acontece com a participação de sete estudantes da graduação de cursos de arte da cidade do Rio de Janeiro, previamente selecionados através de convocatória pública.

“Acreditamos na potência da pesquisa aliada à produção artística, e quando falamos ‘pesquisa’ incluímos as instituições acadêmicas. Como mulheres artistas e acadêmicas de origem periférica, entendemos que o acesso à educação e cultura é base fundamental para a construção de uma sociedade mais igualitária e justa. O Seminário surge desta questão, sendo como uma ponte para a universidade, pois contará com a participação de estudantes e com a sociedade em geral”, finaliza Mery Horta.

SERVIÇO:

“CASA PÚBLICA”

05 DE MAIO (6ª feira) – Praça Saens Peña – Tijuca

06 DE MAIO (sábado) – Praça Guilherme da Silveira – Bangu

07 DE MAIO (domingo) – Praça Mauá

Horário: 10h às 16h

Participação Gratuita

SEMINÁRIO:

20 DE MAIO (sábado)

Horário: 14h

Local: Sala dos Archeiros / Paço Imperial

Endereço: Praça XV de Novembro, 48 – Largo do Paço

Entrada Gratuita

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