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Get Rio 2024: Um torneio de Counter-Strike 2 cheio de polêmicas e emoções no cartão postal do Brasil

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Get Rio no Maracanazinho

O mundo dos Esports, principalmente o cenário brasileiro, presenciou um torneio de Counter Strike 2, sediado no ginásio do Maracanazinho, no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 21 de abril cheio de polêmicas e grandes jogos. Com uma mistura eletrizante de competições masculinas e femininas, além de showmatches de lendas do cenário, o Get Rio prometia ser um marco. No entanto, por trás das grandes partidas e momentos emocionantes, surgiram vários questionamentos sobre a organização do evento que teve o Governo do Estado do Rio como um dos organizadores.

Torneio Masculino:

Durante os três primeiros dias, as principais equipes masculinas do cenário nacional (Furia, MiBR, Pain e Imperial) e quatro boas equipes gringas (9Z, OG, Monte e Metizport) se enfrentaram em batalhas acirradas. A grande final entre a Pain Gaming e Imperial não decepcionou os fãs, com reviravoltas emocionantes e jogadas magistrais. A Pain Gaming venceu a Imperial por 2 mapas a 1 e ficou com a taça. Rodrigo “biguzera” Bittencourt, capitão da equipe e player mais experiente foi o destaque da competição.

Showmatch de Lendas e “clássico das multidões”:

O sábado trouxe consigo um espetáculo nostálgico, com lendas como kNgV- e TACO do “Plano” enfrentando as Lendas da MiBR que contaram com Raphael “cogu” Camargo e Bruno “BIT” Lima na line. A partida foi vencida pelas lendas da MiBR por 13:11 na Nuke. No Domingo o showmatch ficou por conta das equipes de esports do Flamengo e Corinthians. O Timão levou a melhor por 13:11, também na Nuke.

Torneio Feminino:

O domingo reservou seu espaço para a competição feminina, onde as meninas do Fluxo foram campeãs após uma batalha épica contra a Fúria por 2×0. Os jogos acirrados e o talento brilhante das competidoras demonstraram o crescimento do cenário feminino brasileiro de Esports.

Desafios e Polêmicas:

Entretanto, apesar dos momentos emocionantes, o Get Rio não escapou de críticas. Atrasos nas partidas, confrontos disputados na madrugada e até mesmo o desaparecimento temporário do troféu deixaram uma marca negativa na organização do evento. Grandes nomes do streaming, como “Gaulês”, não hesitaram em expressar sua decepção com os problemas enfrentados.

Aliás, veja o vídeo da cobertura do Get Rio, e, em seguida, continue lendo:

Minha visão:

Foi o primeiro evento de Counter-Strike que cobri. Como fã e criador de conteúdo, o melhor ficou por conta das partidas que foram emocionantes, além da atenção e carinho das pessoas que estiveram acompanhando, e dos profissionais do meio que tive a oportunidade de trocar algumas palavras. Sobre a organização, realmente deixou muito a desejar, fui muito bem tratado no meu credenciamento prévio, porém quanto ao apoio no dia do evento, posso dizer que não foi dos melhores. Não tínhamos WiFi disponível e nenhum apoio dos organizadores com relação a qual seria o nosso acesso, lembrando que meu credenciamento foi com influencer.

Afinal, o Torneio de Counter Strike 2 no Maracanazinho foi um evento repleto de emoção e talento, mas também serviu como um lembrete dos desafios enfrentados pela organização de torneios de Esports no Brasil. Enquanto os holofotes se apagam, resta a esperança de que lições sejam aprendidas e que futuros eventos possam brilhar com uma organização impecável e uma experiência inesquecível para os fãs.

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“Eu sou um Hamlet” | A releitura de um clássico

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Rodrigo França estreou na última quinta-feira, dia 13, um monólogo revisitando “Hamlet” de Shakespeare sob uma perspectiva atual e simbólica.

A Trama Original de “Hamlet”

“Hamlet” é um clássico shakespeariano que conta a história do personagem de mesmo nome, que desconfia que seu tio pode estar por trás do assassinato de seu pai. Essa trama envolve a família real, pois o tio de Hamlet é o próximo na linha de sucessão para o trono da Dinamarca após a morte do pai. Ou seja, discussões sobre poder, morte e traição estão no centro da narrativa. Então, o protagonista resolve, encenar uma peça de teatro sobre o assassinato do pai e expor isso ao tio para observar sua reação.

Uma Nova Perspectiva

Em “Eu sou um Hamlet”, os trechos em que o personagem principal está em conflito, se questiona sobre o que vê, sente a maldade da humanidade e da traição são muito fortes. Rodrigo França é um ator incrível e, através da direção de Fernando Philbert, fica claro que a vilania que, no texto original, é representada pelo tio de Hamlet, nesta peça é outra. Os grandes males que atingem Hamlet nesta adaptação são formas sociais de misoginia, racismo, feminicídio, discriminação, etc.

O Teatro como Espelho da Sociedade

O teatro, que assim como em “Hamlet” é usado como ferramenta para expor o mal, para consertar o que está errado, para discutir o que foi feito como um espelho da sociedade, aqui, é elevado à décima potência. Assim, essa é a maior riqueza da peça: a construção de elementos narrativos sendo ressignificados. Por exemplo, no cenário, um amontoado de refletores sem lâmpadas representa as carcaças que trazem a morte de forma clara e inteligente. Realmente sem luz, os refletores ficam sem vida, e símbolos inicialmente teatrais como a iluminação de palco se transformam em símbolos de luta da sociedade, como as pessoas perdidas por um mundo que mata pessoas negras, periféricas, mulheres, crianças e pessoas da comunidade LGBTQIAPN+.

Uma Estreia Emocionante

O espetáculo faz casa no Teatro Firjan Sesi Centro, e sua estreia foi lotada e muito emocionante. Ao final da peça, os responsáveis pela técnica subiram ao palco e se apresentaram, o que é incomum no teatro, mas muito importante. E depois dos aplausos para a equipe de relações públicas, som, luz, preparação de elenco, aplaudimos Aderbal Freire-Filho, o que foi especialmente impactante. Aderbal foi um grande nome do teatro e um dos tradutores da versão de “Hamlet” utilizada na peça.

A interpretação de Rodrigo é potente e pessoal. Traz um texto muito bem falado, com um ritmo excelente e diversas nuances de interpretação. O espetáculo fica em cartaz até julho, quintas e sextas às 19h, sábados e domingo às 18h no Teatro Firjan Sesi Centro, no Rio de Janeiro.

FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia: William Shakespeare
Tradução: Aderbal Freire-Filho, Barbara Harrington e Wagner Moura
Adaptação: Fernando Philbert, Jonathan Raymundo e Rodrigo França
Direção: Fernando Philbert
Elenco: Rodrigo França
Assistente de Direção: Jonathan Raymundo
Trilha Sonora Original: Dani Nega
Cenografia: Natália Lana
Assistente de Cenografia: Alessandra Rodrigues
Cenotécnico: André Salles
Iluminação: Pedro Carneiro
Figurino: Rodrigo Barros
Assistente de Figurino: Layza Dias
Preparação de Elenco: Kennedy Lima
Coreografia: Valéria Monã
Pesquisa Yorubá: Gui Leal
Preparação Física: Bia Black
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Comunicação – Gisele Machado e Bruno Morais
Fotos: Márcio Farias
Videomaker: Felipe Franquim
Designer: Andreas Sartori
Direção de Produção: Núria Kiffen
Produtores Associados: Fernando Philbert e Rodrigo França
Realização: Diverso Cultura e Desenvolvimento, Mar Aberto Produções Artísticas e Orí Conhecimentos

SERVIÇO:
EU SOU UM HAMLET” – @eusouumhamlet
Temporada: 13 de junho a 14 de julho
Dias da semana: Quinta-feira e Sexta-feira às 19h; Sábado e Domingo às 18h
Ingressos: R$ 40 (inteira) / R$ 20 (meia-entrada)
Link de vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/94347
Local: Teatro Firjan Sesi Centro
Endereço: Av. Graça Aranha, nº 1 – Centro
Informações: (21) 2563-4163
Classificação Indicativa: 12 anos
Duração: 65 minutos

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