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Série mergulha na trajetória do sociólogo Herbert de Souza

Produção Original Globoplay de oito episódios reúne grande elenco e estreia em 1º de dezembro.

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Betinho: No Fio da Navalha.

Quem cresceu nos anos 90 conhece muito bem Betinho. Afinal, sociólogo, Herbert de Souza, conhecido como Betinho, concebeu e dedicou-se com empenho ao projeto Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida. Todo brasileiro conhecia Betinho como um homem dedicado a fazer o bem a quem precisava.

No dia primeiro de dezembro, a Globoplay estreia uma série biográfica dedicada ao sociólogo. Betinho: No Fio da Navalha é uma produção original Globoplay, produzida pela AfroReggae Audiovisual, em parceria com a Formata Produções e Conteúdo e o Globoplay.

Com oito episódios, sairá semanalmente, dois episódios por semana. Com Julio Andrade como protagonista – ele também integra o time de direção -, a obra retrata sua luta por grandes causas sociais, em especial o combate à AIDS e à fome, e resgata momentos importantes da vida do homenageado entre os anos 1960 e 1990, intercalando imagens de diferentes fases de Betinho. Na adolescência, é o ator Antonio Haddad quem interpreta o mineiro de Bocaiúva. A saber, a produção é criada por José Junior e tem direção geral de Lipe Binder.

Antonio Haddad.
Antonio Haddad como o jovem Betinho. Imagem: Loiro Cunha.

Um pouco de história

Herbert de Souza é um homem que sempre teve pressa. Não apenas de agir, como também de ajudar, de transformar vidas, de viver. Um herói brasileiro conhecido por muitos, contudo nem sempre reconhecido por todos. Em seu caminho, o ativista enfrentou a AIDS, a ditadura militar, a hemofilia e tantos outros obstáculos pessoais. Todavia, escolheu a fome da população como seu principal inimigo. Assim, fundou a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, a maior campanha de solidariedade do Brasil, que completa 30 anos em 2023.

A organização também é reconhecida pelo Natal Sem Fome, um dos projetos parceiros do Para Quem Doar, plataforma criada pela Globo para conectar pessoas com organizações de todas as regiões do país que trabalham para combater e amenizar diferentes impactos sociais na vida da população em situação de risco e vulnerabilidade. Não à toa, outra efeméride também marca a data em que a produção chega ao Globoplay: no dia 1º é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS.

Muita luta

“Eu tinha o Betinho como um herói, mas não me via perto desse personagem. Como sou movido a desafios, aceitei de primeira”, reflete Julio Andrade ao relembrar o início da produção. “O set foi extremamente colaborativo e afetuoso, além das cenas serem carregadas de emoção. Nunca era só uma cena, eram permeadas de histórias”, completa. A sua preparação e caracterização, assinada por Martín Macías Trujillo, resultaram em uma impressionante semelhança entre o ator e Herbert de Souza.

Depois do exílio político de oito anos no exterior, a luta de Betinho por justiça social foi ainda maior. E seu legado e representatividade serviram de inspiração para muitos movimentos sociais, incluindo o AfroReggae, projeto que existe há três décadas, e foi criação de José Junior, criador da série: “Eu fui impactado por um homem que parecia um super-herói. Betinho tinha um corpo muito frágil e, ao mesmo tempo, uma espécie de armadura de um samurai. Dificilmente eu seria quem eu sou se eu não tivesse sido impactado pelo Betinho”, reflete. 

Não só a vida profissional

A série revela um lado pessoal, às vezes pouco conhecido do ativista. A partir de uma trama familiar no centro da narrativa, o enredo, além disso, costura por eventos históricos, como a campanha das Diretas Já. “Quisemos abordar uma visão mais humana, mais íntima do Betinho, uma figura tão relevante da nossa história”, explica Lipe Binder. “O Betinho teve um impacto imenso para a sociedade brasileira. Ao longo dos episódios, mostramos como as ações de um indivíduo podem influenciar positivamente uma sociedade. E acredito que essa característica seja comum entre ele, seus colegas e colaboradores, além de pessoas que ele inspirou”, exalta Alex Medeiros, que, antes de tudo, assina a redação final da série.

Filipe Bragança.
Filipe Bragança será Daniel Souza, filho de Betinho. Imagem: Loiro Cunha.

Entre as locações, a trama, ao mesmo tempo, passeia por lugares simbólicos da trajetória do homenageado, como, por exemplo, as ruas da capital paulista e a igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. A série contou ainda com a participação ativa da família de Betinho, em especial de Daniel Souza, seu filho, um dos consultores e produtor associado da obra. “A matéria prima dele, que sempre o moveu, acredito que seja essa: a indignação. Meu pai nasceu indignado e morreu indignado”, destaca Daniel.

Relações familiares

Na produção, é o ator Filipe Bragança quem revive a relação entre filho e pai ao interpretar Daniel. A série traz ainda outros personagens que fizeram parte do convívio do sociólogo, como Dona Maria, mãe do protagonista, interpretada em diferentes fases por Silvia Buarque e Walderez de Barros. Já Ravel Andrade, encara uma inusitada irmandade dentro e fora de cena com Julio Andrade: irmãos na vida real, eles contracenam como os também irmãos Chico Mário e Betinho. Outro irmão de Herbert de Souza que ganha destaque na trama é Henfil, cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro, personagem de Humberto Carrão. No campo afetivo, Leandra Leal é Irles Carvalho, primeira mulher do sociólogo e mãe de Daniel; e Julia Shimura é Maria Nakano, sua companheira até o fim da vida e mãe de seu segundo filho, Henrique.

Humberto Carrão.
Humberto Carrão como o cartunista Henfil, irmão de Betinho. Imagem: Loiro Cunha.

Outras figuras reais marcam presença na trama, como Atila Roque (Michel Gomes) e Carlos Afonso (Luiz Bertazzo), grandes parceiros de Betinho na luta pelos direitos humanos no IBASE, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas fundado em 1981 pelo sociólogo e por Carlos e Marcos Arruda (Higor Campagnaro); Nádia Rebouças (Andréia Horta), publicitária e ativista social com relevante atuação ao lado de Betinho na luta contra a miséria; Terezinha Mendes (Sirlea Aleixo), amiga do homenageado e criadora do slogan “Quem Tem Fome, Tem Pressa”; e dois grandes ícones da cultura popular brasileira, Elis Regina (Elá Marinho) e Chico Buarque (Mouhamed Harfouch).

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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.

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‘Coreografia, o Desenho da Dança no Brasil’ estreia no Curta!

Série reúne coreógrafos para traçar panorama da dança no Brasil.

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A coreógrafa Célia Gouvêa

Uma notícia ótima para os fãs de dança. Chega, ao Curta!, Coreografia, o Desenho da Dança no Brasil. A série mostra grandes coreógrafos dispostos a refletir sobre seus processos criativos. Dividida em 13 episódios, a produção discute a elaboração da dança desde o seu embrião — ou seja, desde o momento em que é apenas uma ideia — até ser visualizada como movimento e, enfim, ser expressa como arte através do corpo.

Dirigida por Fernanda Heinz Figueiredo, cada episódio enfoca o trabalho de um(a) coreógrafo(a) — com exceção do terceiro episódio, que traz uma dupla. São eles: Célia Gouvêa, Luis Arrieta, Décio Otero e Marika Gidali. Além disso, Henrique Rodovalho, Marta Soares, Ismael Ivo, Sandro Borelli, Claudia Palma, Mauricio de Oliveira, Rui Moreira, Jomar Mesquita, Marcia Milhazes e Mariana Muniz.

Dança
Foto: Divulgação/Curta!.

Primeiro episódio

O episódio que abre a temporada terá foco em Célia Gouvêa. Assim, o público estará diante de um dos maiores nomes da dança brasileira. Entre ensaios, bastidores e cenas de espetáculos, a série mostra um trabalho em que a inquietude é uma virtude. A saber, Célia é uma pesquisadora do movimento e usa a linguagem de forma múltipla. Para ajudar a desvendar o processo criativo e a dimensionar seu importante papel na dança brasileira, o programa apresenta, portanto, entrevistas. Como, por exemplo, a de Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança.

Encerrando o episódio, Célia apresenta uma de suas coreografias em uma performance solo. Em depoimento, enfatiza: “A dança está plantada, construída, como esse manancial do qual escorre a vida. Isso é a dança”.

Coreografia, o Desenho da Dança no Brasil também está no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon. Além disso, pode ser encontardo na Claro TV+ e no site oficial da plataforma.

A exibição é no dia temático Quartas de Cena e Cinema, 15 de maio, às 23h.

Ficha Técnica

Coreografia, o Desenho da Dança no Brasil

Estreia: 15 de maio, às 23h. Episódios novos às quartas-feiras, às 23h.

Horários alternativos: 16 de maio, quinta-feira, às 3h e às 17h; 17 de maio, sexta-feira, às 11h e 18 de maio, sábado, às 8h.

Direção: Fernanda Heinz Figueiredo.

Classificação: Livre.

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