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Cinema

Clássicos do cinema da Espanha estreiam na Filmicca

Em dezembro, a plataforma apresenta com exclusividade cinco clássicos do cinema espanhol.

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Cria Cuervos

A Filmicca é um streaming brasileiro de cinema de arte mundial. Do clássico ao contemporâneo, o assinante encontra não apenas filmes exclusivos e lançamentos inéditos, como também obras dos grandes festivais, clássicos restaurados e muito mais.

Assim, a plataforma apresenta com exclusividade, em dezembro, cinco clássicos do cinema espanhol. Três deles já estão disponíveis. No entanto, dois ainda irão estrear.

Primeiramente, saiba quais são os cinco filmes: A língua das mariposas, O espírito da colmeia, Tesis – Morte ao vivo, O Sul e Cría cuervos.

Obra-prima

Começamos com O Sul (1983), de Victor Erice, que estreia no dia 22 de dezembro (quinta-feira). A saber, o longa disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e ganhou o Prêmio da Crítica na Mostra de São Paulo em 1984. O filme segue a história de uma mulher que relembra sua infância e juventude no norte da Espanha com seu pai.

Já no dia 29 de dezembro, estreia a obra-prima Cría cuervos (1976), do diretor Carlos Saura. O filme se passa na Ditadura de Franco e acompanha Ana e suas duas irmãs, que vão morar com sua rígida tia, após a morte da mãe e do pai militar. Cría cuervos foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1976.

Já disponíveis

A língua das mariposas, O espírito da colmeia e Tesis – Morte ao vivo já estão disponíveis na Filmicca.

A língua das mariposas, de José Luis Cuerda, aborda o fascismo e a Guerra Civil Espanhola através do olhar do menino Moncho. O espírito da colmeia, de Víctor Erice, é considerado uma obra-prima. Assim como o filme anterior, também aborda a guerra civil do país, mas através do olhar de Ana, uma pequena menina. Ela fica traumatizada com a exibição do filme Frankenstein na vila em que vive.

Do diretor Alejandro Amenábar (de Os outros), Tesis – Morte ao vivo segue Ángela (interpretada por Ana Torrent, de Cría cuervos e O espírito da colmeia), uma estudante universitária que está fazendo uma tese sobre violência. Contudo, ela encontra um vídeo de uma garota sendo torturada até a morte, o que a leva a investigar o caso.

Tesis - Morte ao vivo.
Tesis – Morte ao vivo. Imagem: Divulgação.

Outros lançamentos

Nas quintas-feiras de dezembro, o cinema nacional tem destaque na Filmicca, em parceria com a distribuidora nacional Embaúba Filmes. Começando com o longa de terror cearense Pajeú, de Pedro Diógenes, e A vizinhança do tigre, de Affonso Uchôa. No dia 21, estreia o longa de estreia da diretora Thais Fujinaga, A felicidade das coisas. Por fim, no dia 28, estreia o documentário sobre amor, tempo e memória Espero que Esta te encontro e estejas bem, de Natara Ney.

A felicidade das coisas
A felicidade das coisas. Crédito: Divulgação.

Além disso, em parceria com a distribuidora brasileira Zeta Filmes, a plataforma lançará seis longas-metragens de grandes autores do cinema. Creepy, de Kiyoshi Kurosaw; Tangerine, de Sean Baker; O acontecimento, de Audrey Diwan; O que está por vir, de Mia Hansen-Løve; e Certo agora, errado antes e Na praia à noite sozinha, de Hong Sang-soo, estreiam no mês de dezembro. Serão duas estreias a cada sábado, começando no dia 16.

Raridade húngara

A Filmicca apresenta com exclusividade e em versão restaurada o raro filme Você Conhece Sunday-Monday?. Com uma narrativa dinâmica e inspirado pelo humor da Nouvelle Vague tcheca, a obra é o longa de estreia da diretora Lívia Gyarmathy que, junto com Márta Mészáros e Judit Elek, teve um papel importante na renovação do cinema húngaro na década de 60.

Serviço

FILMICCA

Onde assistir: No site da plataforma ou nos apps para Android, iOS, Apple TV, Android TV e Amazon Fire TV. Os apps possuem transmissão via Chromecast e AirPlay.

Valor: No mês de dezembro há um valor promocional onde o público pode assinar a plataforma por 1 ano com 50% de desconto, de R$ 120,00 por R$ 60,00. Após 31 de dezembro de 2023, o valor retorna a R$120.

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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.

Cinema

13 Sentimentos | O filme mais fofo do ano

O longa de Daniel Ribeiro estreou nos cinemas brasileiros em 13 de junho.

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Como crítica, muitas vezes fico sem saber como falar de um filme. Falo mais da parte técnica? Dou mais foco na história? Eu acabo sempre falando um pouco sobre cada uma dessas coisas, mas sabe sobre o que eu gosto mesmo de falar? Sobre como um filme nos faz sentir. Claro que tudo isso que citei acima acaba resvalando na sensação do filme pra quem assiste. Mas acho, e me corrijam se eu estiver errada, que quem procura algo pra ver não está atrás da forma como o fotógrafo escolheu movimentar a câmera ou do tanto de iluminação que ele escolheu deixar entrar (claro que se isso for bem-feito, ajuda muito a contar a história), mas está em busca de algo que o faça sentir alguma coisa, não importa o quê. Por isso eu gosto sempre de falar, também, sobre o impacto que cada filme pode ter no espectador.

E 13 sentimentos, meus caros, vai te fazer sair do cinema cheio de esperança e com o coração leve, leve. E, provavelmente, com um baita sorriso no rosto. Quem não quer ver um filme e ficar feliz?

Enredo

Antes de tudo, vamos começar pelo começo, ou seja, pela sinopse. “Como o final feliz de um filme perfeito”. É assim que João descreve o fim de seu relacionamento de 10 anos com Hugo. Apesar da separação, eles permanecem amigos bem próximos. No entanto, voltar ao universo dos encontros românticos, usando aplicativos, traz um turbilhão de emoções, mostrando que a realidade não pode ser controlada como um roteiro de filme.

Para matar um pouquinho a curiosidade, deixo vocês com o trailer por enquanto.

Simples e bem-feito

13 sentimentos é um filme simples, no melhor sentido da palavra. Com uma história sólida e bem-estruturada, ele não precisa de muita coisa pra distrair o espectador, porque ele tem tudo o que o espectador precisa. Personagens simpáticos, completamente adoráveis e engraçados, um roteiro super bem-escrito, diálogos engraçados, muitos momentos que te fazem rir e outros que te fazem se emocionar. Com uma facilidade impressionante para fazer o espectador entrar no filme e se sentir íntimo dos personagens, apegado mesmo, Daniel Ribeiro desenhou um filme delicado, sensível, super identificável e muito, muito fofo. Parece que ele é mesmo expert em audiovisual que faz todo mundo ficar de coração quentinho, já que o igualmente fofo Hoje eu quero voltar sozinho é dele.

Igor Cosso e Artur Volpi.
Igor Cosso e Artur Volpi. Foto: Thi Santos.

Daniel disse em uma conversa após a exibição de 13 sentimentos no Rio de Janeiro que Hoje eu quero voltar sozinho foi feito para as pessoas terem esperança. Contudo, 13 sentimentos é mais realista, viria pra desgraçar um pouquinho a cabeça do público, que veria a realidade dos relacionamentos de um homem gay. É verdade, sim, que 13 sentimentos tem muito mais semelhança com a realidade. Não sou um homem gay, mas acho que qualquer um pode se identificar com a sensação de um término, ainda mais após 10 anos de relacionamento, e tudo o que fazemos para lidar com a situação. Também é possível se relacionar com a dificuldade que é ter encontros hoje em dia (sendo mulher hétero, meus amores, põe dificuldade nisso!). Mas, Daniel, se sua intenção era fazer as pessoas se desiludirem um pouco com o amor, desculpa, mas esse objetivo não foi alcançado. Ainda bem!

Trio com química

Assim como em Hoje eu quero voltar sozinho, 13 Sentimentos tem um trio cheio de química. Antes detudo, já peço para Daniel Ribeiro dois spin-offs: um com foco em Alice e um com foco em Chico. Muito obrigada. (rs)

Alice e Chico são os melhores amigos e João, que o ajudam a passar por esse momento complicado de pós-término. Cada um tem uma característica muito própria e tem uma vida para além de João, o que muitas vezes é deixado de lado em filmes do gênero. Julianna Gerais, a intérprete de Alice, está apaixonante como a amiga conselheira, mas que também precisa de conselhos. Ela é a epítome da amiga que sabe o que o outro precisa e dá o espaço que o amigo precisa, aquela amiga que todo mundo queria ter. Já o Chico de Marcos Oli é o alívio cômico do filme. Marcos Oli está sensacional e é impossível não se escangalhar de rir em toda cena em que ele aparece. E então temos Artur Volpi, o protagonista, totalmente irresistível e carismático. Um trio que todo mundo gostaria de ser amigo e acompanhar.

Marcos Oli, Julianna Gerais e Artur Volpi.
Marcos Oli, Julianna Gerais e Artur Volpi. Foto: Divulgação.

Diferentes formas de amar

É muito interessante a forma como o filme comenta sobre as diversas formas de relacionamento. Apesar de estarmos em uma época em que há muito mais conversas sobre o tema, sabemos que ainda há um grande tabu sobre isso e que ainda impera a monogamia. Além disso, há uma ideia de qualquer coisa que não seja a monogamia é uma “bagunça”. O filme mostra e convoca o espectador a pensar além do lugar-comum. Questiona certos padrões de relacionamentos impostos e até provoca análises dentro desses padrões.

Porém, mais do que isso, o longa faz indagar muito sobre amor próprio. É possível estar em uma relação sempre pensando pra fora? É possível amar sem se amar, sem se questionar, sem se conhecer? Ademais, é preciso manter sempre a mesma forma de se existir nesse mundo? São perguntas que ficam no ar e quem irá respondê-las será o espectador.

Daniel Tavares e Fabrício Pietro.
Daniel Tavares e Fabrício Pietro. Foto: Thi Santos.

Mês do Orgulho

Não posso deixar de falar, também, da importância que é ter um filme como esse, cheio de amor lgbt, nos cinemas. Ainda mais no mês do orgulho LGBT. Daniel e Artur falam um pouco sobre isso na entrevista que fiz com eles – e que em breve sairá no canal do Vivente e no meu também -, mas preciso comentar um pouco aqui também.

Por muitos anos, todos os filmes com personagens que representavam a comunidade LGBTQIAP+ falavam somente sobre o sofrimento de fazer parte da comunidade. Ser gay, lésbica, trans, bi, etc., era o tema, e todo o resto girava ao redor isso. Com as transformações ocorridas no mundo (a passos lentos, mas que ocorreram), os enredos estão começando a mudar. Agora, a sexualidade ou identidade de gênero de uma pessoa é somente mais uma característica dela, e não o motivo da produção existir. Esse é um fato muito importante e um avanço para a comunidade LGBT. 13 sentimentos faz parte disso. É uma história que poderia acontecer com qualquer pessoa. Só acontece de João ser gay e se apaixonar por homens.

E o filme mostra sua vida, tediosa ou cheia de acontecimentos como ade qualquer outra pessoa. Isso é muito importante. E mais ainda para a comunidade se ver cada vez mais nas telas, com histórias cada vez mais diversas. Além do mais, sendo uma história de amor, como eu disse antes, quem não quer ver, não é mesmo?

Ah! E pra terminar, o motivo do filme ter esse título é sensacional! Vou contar qual é? Lógico que não! Vocês vão ter que assistir pra saber. 13 Sentimentos já está nas salas de cinema de todo o Brasil.

13 sentimentos
Parte do elenco com Daniel Ribeiro na pré-estreia carioca do filme. Foto: Livia Brazil.

Ficha Técnica

13 SENTIMENTOS

Brasil | 2024 | 100min. | Comédia romântica

Direção e Roteiro: Daniel Ribeiro
Produção: Daniel Ribeiro, Diana Almeida e Fernando Sapelli
Elenco: Artur Volpi, Julianna Gerais, Marcos Oli, Michel Joelsas, Bruno Rocha, Daniel Tavares, Fabricio Pietro, Helena Albergaria, Maitêe Schneider, Sidney Santiago Kuanza, Igor Cosso, Cleomácio Inácio, Rafael Americo, Marco Barreto, João Victor Toledo, Arthur Alfaia, Pither Lopes, Fábio Kow, Heron Leal, Hugo Kenzo
Direção de Fotografia: Pablo Escajedo 
Direção de Arte: João Vitor Lage 
Trilha Sonora: Arthur Decloedt 
Montagem: Cristian Chinen 

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