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Cultura

A menina Akili e seu tambor falante, o musical | Espetáculo estreia no Oi Futuro

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Menina Akili

“O sol anda devagar, mas atravessa o mundo inteiro”. O provérbio africano que orienta o pensamento de Verônica Bonfim metaforiza sua alegria pela estreia do espetáculo infantil “A menina Akili e seu tambor falante, o musical”, idealizado e com direção artística, produção associada, texto e músicas assinados por ela. Ainda que aos poucos, obras de autores negros estão conquistando seu espaço e chegando ao público – como é o caso da própria Verônica, cujo livro homônimo lançado em 2016 pela Editora Nandyala Livros chega agora adaptado aos palcos.

Com direção assinada por Rodrigo França e Valéria Monã na Co-direção, supervisão do roteiro da pesquisadora Aza Njeri e direção de arte do Estúdio Roncó, com pesquisa de Nathália Grilo e criação de Adriano Cipriano, direção musical de Cláudia Elizeu e Co-direção do Grupo Dembaia, a montagem estreia dia 16 de outubro às 16h no YouTube do Oi Futuro – www.youtube.com/c/OiFuturo. O público também vai poder assistir à transmissão do espetáculo no bistrô do Oi Futuro, sempre às 14h e 16h aos sábados e domingos, a partir do dia 17 de outubro.

O musical narra a história de Akili, uma menina africana que vive numa pequena aldeia chamada Adimó e que junto com seu melhor amigo, um tambor falante de nome Aláfia, seguirá numa jornada para se tornar uma Griote, uma contadora de histórias, guardiã da tradição oral do seu povo. Uma aventura conduzida por uma narrativa que valoriza a ancestralidade e os valores civilizatórios africanos, apresentando uma África plural, cheia de riquezas, com uma diversidade de povos, línguas, cores e, sobretudo, positiva, para contrapor ao que é comumente retratado pela cultura ocidental. Embora a infância brasileira ainda seja marcada por protagonistas brancos, obras como a de Verônica nascem para fazer brilhar o sol da ancestralidade africana no universo infantil.

“A menina Akili e seu tambor falante, o musical” é patrocinado pela Oi, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura – Lei do ICMS, tem apoio institucional do Instituto Identidades do Brasil e como laboratório oficial a Hilab.

Serviço:

ESTREIA

DATA16 de outubro (sábado)

HORA: 16h

LOCALhttps://www.youtube.com/c/OiFuturo

TEMPORADA ONLINE

O espetáculo será exibido no Centro Cultural Oi Futuro e no Youtube do Oi Futuro

DATA: 17 de outubro a 21 de novembro – sábado e domingo

YouTube Oi Futuro – https://www.youtube.com/c/OiFuturo

Hora: 16h

Oi Futuro – Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo

Hora: 14h e 16h

Agendamento: https://oifuturo.org.br/

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“Eu sou um Hamlet” | A releitura de um clássico

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Rodrigo França estreou na última quinta-feira, dia 13, um monólogo revisitando “Hamlet” de Shakespeare sob uma perspectiva atual e simbólica.

A Trama Original de “Hamlet”

“Hamlet” é um clássico shakespeariano que conta a história do personagem de mesmo nome, que desconfia que seu tio pode estar por trás do assassinato de seu pai. Essa trama envolve a família real, pois o tio de Hamlet é o próximo na linha de sucessão para o trono da Dinamarca após a morte do pai. Ou seja, discussões sobre poder, morte e traição estão no centro da narrativa. Então, o protagonista resolve, encenar uma peça de teatro sobre o assassinato do pai e expor isso ao tio para observar sua reação.

Uma Nova Perspectiva

Em “Eu sou um Hamlet”, os trechos em que o personagem principal está em conflito, se questiona sobre o que vê, sente a maldade da humanidade e da traição são muito fortes. Rodrigo França é um ator incrível e, através da direção de Fernando Philbert, fica claro que a vilania que, no texto original, é representada pelo tio de Hamlet, nesta peça é outra. Os grandes males que atingem Hamlet nesta adaptação são formas sociais de misoginia, racismo, feminicídio, discriminação, etc.

O Teatro como Espelho da Sociedade

O teatro, que assim como em “Hamlet” é usado como ferramenta para expor o mal, para consertar o que está errado, para discutir o que foi feito como um espelho da sociedade, aqui, é elevado à décima potência. Assim, essa é a maior riqueza da peça: a construção de elementos narrativos sendo ressignificados. Por exemplo, no cenário, um amontoado de refletores sem lâmpadas representa as carcaças que trazem a morte de forma clara e inteligente. Realmente sem luz, os refletores ficam sem vida, e símbolos inicialmente teatrais como a iluminação de palco se transformam em símbolos de luta da sociedade, como as pessoas perdidas por um mundo que mata pessoas negras, periféricas, mulheres, crianças e pessoas da comunidade LGBTQIAPN+.

Uma Estreia Emocionante

O espetáculo faz casa no Teatro Firjan Sesi Centro, e sua estreia foi lotada e muito emocionante. Ao final da peça, os responsáveis pela técnica subiram ao palco e se apresentaram, o que é incomum no teatro, mas muito importante. E depois dos aplausos para a equipe de relações públicas, som, luz, preparação de elenco, aplaudimos Aderbal Freire-Filho, o que foi especialmente impactante. Aderbal foi um grande nome do teatro e um dos tradutores da versão de “Hamlet” utilizada na peça.

A interpretação de Rodrigo é potente e pessoal. Traz um texto muito bem falado, com um ritmo excelente e diversas nuances de interpretação. O espetáculo fica em cartaz até julho, quintas e sextas às 19h, sábados e domingo às 18h no Teatro Firjan Sesi Centro, no Rio de Janeiro.

FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia: William Shakespeare
Tradução: Aderbal Freire-Filho, Barbara Harrington e Wagner Moura
Adaptação: Fernando Philbert, Jonathan Raymundo e Rodrigo França
Direção: Fernando Philbert
Elenco: Rodrigo França
Assistente de Direção: Jonathan Raymundo
Trilha Sonora Original: Dani Nega
Cenografia: Natália Lana
Assistente de Cenografia: Alessandra Rodrigues
Cenotécnico: André Salles
Iluminação: Pedro Carneiro
Figurino: Rodrigo Barros
Assistente de Figurino: Layza Dias
Preparação de Elenco: Kennedy Lima
Coreografia: Valéria Monã
Pesquisa Yorubá: Gui Leal
Preparação Física: Bia Black
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Comunicação – Gisele Machado e Bruno Morais
Fotos: Márcio Farias
Videomaker: Felipe Franquim
Designer: Andreas Sartori
Direção de Produção: Núria Kiffen
Produtores Associados: Fernando Philbert e Rodrigo França
Realização: Diverso Cultura e Desenvolvimento, Mar Aberto Produções Artísticas e Orí Conhecimentos

SERVIÇO:
EU SOU UM HAMLET” – @eusouumhamlet
Temporada: 13 de junho a 14 de julho
Dias da semana: Quinta-feira e Sexta-feira às 19h; Sábado e Domingo às 18h
Ingressos: R$ 40 (inteira) / R$ 20 (meia-entrada)
Link de vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/94347
Local: Teatro Firjan Sesi Centro
Endereço: Av. Graça Aranha, nº 1 – Centro
Informações: (21) 2563-4163
Classificação Indicativa: 12 anos
Duração: 65 minutos

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