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Cinema

Straming Filmicca traz 8 filmes restaurados do cinema da África e da Europa

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Yaaba na Filmicca, Burkina Faso

Do continente africano, “Yaaba” do diretor Idrissa Ouédraogo é o primeiro lançamento do mês e chegou na plataforma no dia 04 de Novembro. Realizado em Burkina Faso, esta obra premiada no Festival de Cannes, segue um garoto que se aproxima de uma senhora, que é considerada uma bruxa pela comunidade local. Já “Laafi, Tudo Está Bem”, do diretor S. Pierre Yameogo, segue um jovem que sonha em se tornar um médico. Já no ar na plataforma.

Além disso, de Senegal, vem a obra-prima “Hienas”, do diretor Djibril Diop Mambéty, inspirado no livro “A Visita da Velha Senhora” e exibido no Festival de Cannes. A estreia é em 18 de Novembro.

Já as obras do cinema europeu, o principal destaque é a inédita versão restaurada da obra-prima “Toda Uma Noite”, da diretora Chantal Akerman, que se junta a outras obras da diretora disponíveis na plataforma. O filme segue vários casais que se encontram durante uma noite quente de verão em Bruxelas. Estreia no dia 25/11.

A descoberta do mês fica por conta do road movie LGBTQIA+ “Uma Mulher Chamada Thelma”, do diretor suíço Pierre-Alain Meier e estrelado por Pascale Ourbih, uma mulher trans. Realizado há mais de 20 anos, o filme mostra uma personagem cheia de vida, alegre e confiante. Estreia no dia 30 de Novembro.

Tcheco

Três obras do cinema tcheco compõem as estreias de Novembro. Exibido no Festival de Veneza de 2022, a inédita versão restaurada do suspense “A Orelha” do diretor Karel Kachyňa estreia no dia 26/11. As comédias críticas e ácidas “A Festa e os Convidados”, de Jan Němec, e “A Fumaça”, de Tomáš Vorel, estreiam nos dias 12 e 19 de Novembro, respectivamente, em versões restauradas.

A FILMICCA é um streaming nacional de cinema de arte mundial, do clássico ao contemporâneo, com estreias de filmes exclusivos, lançamentos inéditos, obras dos grandes festivais, clássicos restaurados e muito mais. Disponível para assinatura em todo o Brasil, a plataforma pode ser acessada na web e através dos apps para iOS, Android, Apple TV, Android TV e Amazon Fire TV. FILMICCA: seu universo fílmico em um streaming único!

Serviço:

Onde assistir: http://www.filmicca.com.br ou nos apps para Android (smartphone e tablet), iOS (iPhone e iPad), Apple TV, Android TV e Amazon Fire TV. Os apps possuem transmissão via Chromecast e AirPlay.

** Plano Anual – R$ 120,00/ ano (Promocional) | Plano mensal: R$ 19,90/ mês

*O valor original do Plano Anual é de R$ 199,90 por ano. Valor Promocional por tempo limitado.

Próximas Estreias da FILMICCA

04 de Novembro | Sexta-feira

YAABA

um filme de Idrissa Ouédraogo
com Fatimata Sanga, Noufou Ouédraogo, Roukietou Barry e Adama Ouédraogo
Burkina Faso, Suíça, França, Alemanha | 1989 | Drama | 90 min | 14 anos

Em uma pequena aldeia em Burkina Faso, Bila, um menino de dez anos, faz amizade com uma idosa chamada Sana, a quem todos chamam de “Bruxa”, e que é ritualmente culpada por qualquer desastre que aconteça na comunidade. Mas o próprio garoto a chama de “Yaaba”, que significa “avó”, um termo carinhoso que Sana nunca tinha ouvido. Quando Nopoko, prima do garoto, fica doente, Bila recorre a Sana para que ela faça um remédio para salvar a menina.

Vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Cannes em 1989. Versão restaurada.

11 de Novembro | Sexta-feira

LAAFI, TUDO ESTÁ BEM

um filme de S. Pierre Yameogo
com Elie Yameogo, Aline Hortnese Zoungrana, Denis Yameogo e Cheick Kone
Burkina Faso, Suíça | 1991 | Drama | 98 min | 14 anos

Um grande dia para Joe: ele acabou de concluir o ensino médio e quer estudar medicina na França, mas para isso precisa se dirigir ao Ministério da Educação em Ouagadougou. Entretanto, segue-se uma série de processos administrativos, além do fato de que em Burkina Faso, como em qualquer outro lugar do mundo, são as conexões que colocam em movimento a máquina burocrática.

Exibido na Semana da Crítica no Festival de Cannes em 1991. Versão restaurada.

12 de Novembro | Sábado

A FESTA E OS CONVIDADOS

um filme de Jan Němec
com Ivan Vyskočil, Jan Klusák, Jiří Němec, Pavel Bošek, Karel Mareš e Evald Schorm
Tchecoslováquia | 1966 | Comédia | 71 min | 14 anos

Um pequeno grupo de convidados burgueses dirige-se a uma festa de aniversário de uma figura proeminente. Enquanto atravessam a floresta e fazem um piquenique, de repente são cercados por um bando de estranhos suspeitos.

Versão restaurada inédita

18 de Novembro | Sexta-feira

HIENAS

um filme de Djibril Diop Mambéty
com Ami Diakhate, Mansour Diouf, Faly Gueye e Omar Ba
Senegal, França, Suíça | 1992 | Drama | 110 min | 14 anos

Um dos tesouros do cinema africano do mestre senegalês Djibril Diop Mambéty é uma alucinante adaptação cômica da peça “A Visita da Velha Senhora” do escritor Friedrich Dürrenmatt, que na imaginação de Mambéty segue uma agora rica mulher retornando à sua pobre cidade natal no deserto para propor um acordo à população: sua fortuna, em troca da morte do homem que anos antes a abandonou e a deixou com seu filho. De acordo com o título, “Hienas” é um filme de riso sinistro e uma sátira mordaz de um Senegal contemporâneo cujos sonhos pós-coloniais são confrontados com a erosão pelo materialismo ocidental.

Indicado a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Versão restaurada.

19 de Novembro | Sábado

A FUMAÇA

um filme de Tomáš Vorel
com Jan Slovák, Lucie Zedníčková e Jaroslav Dušek
Tchecoslováquia | 1990 | Comédia, Musical | 89 min | 14 anos

A comédia cult de Tomáš Vorel às vezes é apelidada de “musical da era totalitária”. O protagonista é um jovem engenheiro civil idealista, que embarca em seu primeiro emprego cheio de esperança e entusiasmo. No entanto, a realidade do local de trabalho prontamente o desiludiu de seu idealismo. A estilização radical do filme se deve em grande parte à contribuição de atores de cinco conjuntos de teatro experimental sediados em Praga, cujo sarcasmo, senso de paródia e abordagem irônica sobre questões sociais sérias vêm conquistando novos públicos há mais de três décadas.

Versão restaurada

25 de Novembro | Sexta-feira

TODA UMA NOITE

um filme de Chantal Akerman
com Aurore Clément, Tchéky Karyo e Angelo Abazoglou
Bélgica, França | 1982 | Romance, Drama | 90 min | 14 anos

Vários casais se encontram, fazem amor, se separam, dançam, bebem, comem, falam ao telefone e dormem durante uma noite quente de verão em Bruxelas.

Seguindo mais de duas dúzias de pessoas diferentes na atmosfera quase sem palavras de uma noite escura na cidade de Bruxelas, Akerman examina aceitação e rejeição no reino do romance.

Versão restaurada inédita

26 de Novembro | Sábado

A ORELHA

um filme de Karel Kachyňa
com Radoslav Brzobohatý, Jiřina Bohdalová, Jiří Císler e Jaroslav Moučka
Tchecoslováquia | 1969 | Suspense | 93 min | 14 anos

Este thriller de vigilância se desenrola ao longo de uma noite tensa e turbulenta na vida de Ludvík, um oficial do partido comunista, e sua esposa Anna. Voltando para casa de uma festa uma noite, a dupla descobre que sua casa foi arrombada e grampeada – e que o estado pode estar ouvindo cada palavra. Vários colegas de Ludvík já foram demitidos em um expurgo em andamento: ele poderia ser o próximo?

Concluído em 1969, mas proibido por vinte anos, A ORELHA evoca com maestria a sensação de pavor sempre presente que define a vida sob o autoritarismo.

Versão restaurada inédita exibida no Festival de Veneza de 2022

30 de Novembro | Quarta-feira

UMA MULHER CHAMADA THELMA

um filme de Pierre-Alain Meier
com Pascale Ourbih, Laurent Schilling, Natalia Kapodistria e François Germond
Suíça, França, Grécia | 2001 | Drama, Romance, Road Movie | 95 min | 14 anos

Vincent é um taxista rejeitado pela esposa, que embarca em uma aventura da qual espera se beneficiar: em troca de uma quantia que lhe permitirá pagar pensão alimentícia ao filho, ele concorda em partir para Creta com uma pessoa desconhecida, Thelma, para ajudá-la a encontrar o ex-amante que a havia desprezado. Enquanto viajam, conversam e flertam, eles se tornam amigos, mas a situação se complica quando Vincent descobre que Thelma é uma mulher trans. Dividido entre seus sentimentos, Vincent tem que fazer uma escolha.

Estrelado pela atriz Pascale Ourbih, uma mulher trans, esta obra do diretor Pierre-Alain Meier (“Dores de Amor”) foi realizada há mais de 20 anos e mostra uma personagem cheia de vida, alegre e confiante.

Versão restaurada

Cinema

13 Sentimentos | O filme mais fofo do ano

O longa de Daniel Ribeiro estreou nos cinemas brasileiros em 13 de junho.

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Como crítica, muitas vezes fico sem saber como falar de um filme. Falo mais da parte técnica? Dou mais foco na história? Eu acabo sempre falando um pouco sobre cada uma dessas coisas, mas sabe sobre o que eu gosto mesmo de falar? Sobre como um filme nos faz sentir. Claro que tudo isso que citei acima acaba resvalando na sensação do filme pra quem assiste. Mas acho, e me corrijam se eu estiver errada, que quem procura algo pra ver não está atrás da forma como o fotógrafo escolheu movimentar a câmera ou do tanto de iluminação que ele escolheu deixar entrar (claro que se isso for bem-feito, ajuda muito a contar a história), mas está em busca de algo que o faça sentir alguma coisa, não importa o quê. Por isso eu gosto sempre de falar, também, sobre o impacto que cada filme pode ter no espectador.

E 13 sentimentos, meus caros, vai te fazer sair do cinema cheio de esperança e com o coração leve, leve. E, provavelmente, com um baita sorriso no rosto. Quem não quer ver um filme e ficar feliz?

Enredo

Antes de tudo, vamos começar pelo começo, ou seja, pela sinopse. “Como o final feliz de um filme perfeito”. É assim que João descreve o fim de seu relacionamento de 10 anos com Hugo. Apesar da separação, eles permanecem amigos bem próximos. No entanto, voltar ao universo dos encontros românticos, usando aplicativos, traz um turbilhão de emoções, mostrando que a realidade não pode ser controlada como um roteiro de filme.

Para matar um pouquinho a curiosidade, deixo vocês com o trailer por enquanto.

Simples e bem-feito

13 sentimentos é um filme simples, no melhor sentido da palavra. Com uma história sólida e bem-estruturada, ele não precisa de muita coisa pra distrair o espectador, porque ele tem tudo o que o espectador precisa. Personagens simpáticos, completamente adoráveis e engraçados, um roteiro super bem-escrito, diálogos engraçados, muitos momentos que te fazem rir e outros que te fazem se emocionar. Com uma facilidade impressionante para fazer o espectador entrar no filme e se sentir íntimo dos personagens, apegado mesmo, Daniel Ribeiro desenhou um filme delicado, sensível, super identificável e muito, muito fofo. Parece que ele é mesmo expert em audiovisual que faz todo mundo ficar de coração quentinho, já que o igualmente fofo Hoje eu quero voltar sozinho é dele.

Igor Cosso e Artur Volpi.
Igor Cosso e Artur Volpi. Foto: Thi Santos.

Daniel disse em uma conversa após a exibição de 13 sentimentos no Rio de Janeiro que Hoje eu quero voltar sozinho foi feito para as pessoas terem esperança. Contudo, 13 sentimentos é mais realista, viria pra desgraçar um pouquinho a cabeça do público, que veria a realidade dos relacionamentos de um homem gay. É verdade, sim, que 13 sentimentos tem muito mais semelhança com a realidade. Não sou um homem gay, mas acho que qualquer um pode se identificar com a sensação de um término, ainda mais após 10 anos de relacionamento, e tudo o que fazemos para lidar com a situação. Também é possível se relacionar com a dificuldade que é ter encontros hoje em dia (sendo mulher hétero, meus amores, põe dificuldade nisso!). Mas, Daniel, se sua intenção era fazer as pessoas se desiludirem um pouco com o amor, desculpa, mas esse objetivo não foi alcançado. Ainda bem!

Trio com química

Assim como em Hoje eu quero voltar sozinho, 13 Sentimentos tem um trio cheio de química. Antes detudo, já peço para Daniel Ribeiro dois spin-offs: um com foco em Alice e um com foco em Chico. Muito obrigada. (rs)

Alice e Chico são os melhores amigos e João, que o ajudam a passar por esse momento complicado de pós-término. Cada um tem uma característica muito própria e tem uma vida para além de João, o que muitas vezes é deixado de lado em filmes do gênero. Julianna Gerais, a intérprete de Alice, está apaixonante como a amiga conselheira, mas que também precisa de conselhos. Ela é a epítome da amiga que sabe o que o outro precisa e dá o espaço que o amigo precisa, aquela amiga que todo mundo queria ter. Já o Chico de Marcos Oli é o alívio cômico do filme. Marcos Oli está sensacional e é impossível não se escangalhar de rir em toda cena em que ele aparece. E então temos Artur Volpi, o protagonista, totalmente irresistível e carismático. Um trio que todo mundo gostaria de ser amigo e acompanhar.

Marcos Oli, Julianna Gerais e Artur Volpi.
Marcos Oli, Julianna Gerais e Artur Volpi. Foto: Divulgação.

Diferentes formas de amar

É muito interessante a forma como o filme comenta sobre as diversas formas de relacionamento. Apesar de estarmos em uma época em que há muito mais conversas sobre o tema, sabemos que ainda há um grande tabu sobre isso e que ainda impera a monogamia. Além disso, há uma ideia de qualquer coisa que não seja a monogamia é uma “bagunça”. O filme mostra e convoca o espectador a pensar além do lugar-comum. Questiona certos padrões de relacionamentos impostos e até provoca análises dentro desses padrões.

Porém, mais do que isso, o longa faz indagar muito sobre amor próprio. É possível estar em uma relação sempre pensando pra fora? É possível amar sem se amar, sem se questionar, sem se conhecer? Ademais, é preciso manter sempre a mesma forma de se existir nesse mundo? São perguntas que ficam no ar e quem irá respondê-las será o espectador.

Daniel Tavares e Fabrício Pietro.
Daniel Tavares e Fabrício Pietro. Foto: Thi Santos.

Mês do Orgulho

Não posso deixar de falar, também, da importância que é ter um filme como esse, cheio de amor lgbt, nos cinemas. Ainda mais no mês do orgulho LGBT. Daniel e Artur falam um pouco sobre isso na entrevista que fiz com eles – e que em breve sairá no canal do Vivente e no meu também -, mas preciso comentar um pouco aqui também.

Por muitos anos, todos os filmes com personagens que representavam a comunidade LGBTQIAP+ falavam somente sobre o sofrimento de fazer parte da comunidade. Ser gay, lésbica, trans, bi, etc., era o tema, e todo o resto girava ao redor isso. Com as transformações ocorridas no mundo (a passos lentos, mas que ocorreram), os enredos estão começando a mudar. Agora, a sexualidade ou identidade de gênero de uma pessoa é somente mais uma característica dela, e não o motivo da produção existir. Esse é um fato muito importante e um avanço para a comunidade LGBT. 13 sentimentos faz parte disso. É uma história que poderia acontecer com qualquer pessoa. Só acontece de João ser gay e se apaixonar por homens.

E o filme mostra sua vida, tediosa ou cheia de acontecimentos como ade qualquer outra pessoa. Isso é muito importante. E mais ainda para a comunidade se ver cada vez mais nas telas, com histórias cada vez mais diversas. Além do mais, sendo uma história de amor, como eu disse antes, quem não quer ver, não é mesmo?

Ah! E pra terminar, o motivo do filme ter esse título é sensacional! Vou contar qual é? Lógico que não! Vocês vão ter que assistir pra saber. 13 Sentimentos já está nas salas de cinema de todo o Brasil.

13 sentimentos
Parte do elenco com Daniel Ribeiro na pré-estreia carioca do filme. Foto: Livia Brazil.

Ficha Técnica

13 SENTIMENTOS

Brasil | 2024 | 100min. | Comédia romântica

Direção e Roteiro: Daniel Ribeiro
Produção: Daniel Ribeiro, Diana Almeida e Fernando Sapelli
Elenco: Artur Volpi, Julianna Gerais, Marcos Oli, Michel Joelsas, Bruno Rocha, Daniel Tavares, Fabricio Pietro, Helena Albergaria, Maitêe Schneider, Sidney Santiago Kuanza, Igor Cosso, Cleomácio Inácio, Rafael Americo, Marco Barreto, João Victor Toledo, Arthur Alfaia, Pither Lopes, Fábio Kow, Heron Leal, Hugo Kenzo
Direção de Fotografia: Pablo Escajedo 
Direção de Arte: João Vitor Lage 
Trilha Sonora: Arthur Decloedt 
Montagem: Cristian Chinen 

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