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Cinema

Crítica | ‘O Lendário Cão Guerreiro’ é um remake de clássico da comédia

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Paulo Vieira, Ary Fontoura e Deborah Secco serão os dubladores da animação O Lendário Cão Guerreiro

As animações estão cheias de histórias de heróis improváveis, com seus arcos de treinamento e triunfo diante do vilão. O Lendário Cão Guerreiro é mais uma dessas e que chama atenção por ser um remake do clássico filme de Mel Brooks, Um Banzé No Oeste de 1974. Porém diante de tantos plots similares ela acaba não se destacando para além disso.

Com Paulo Vieira, Deborah Secco e Ary Fontoura no elenco brasileiro de dubladores, O Lendário Cão Guerreiro conta a trajetória de Hank, um cão sem muita sorte que após ser capturado por Ika Chu, se torna samurai da cidade de gatos Kakamucho. Lá, ele é recebido com hostilidade pelos moradores da cidade, que não aceitam ter um cão como samurai. Com a ajuda de Jimbo, um samurai aposentado e rabugento, a dupla precisará se unir e defender a vila de gatos contra o exército do vilão, que quer varrer a cidade do mapa.

Protagonista apagado

Tecnicamente falando é uma animação bonita, principalmente em seus momentos mais 2D. Porém, um filme para o público infantil precisa de um protagonista carismático, na sua personalidade e no design, e Hank não cumpre nenhum desses requisitos. Cleavon Little, que interpretou o protagonista do filme original, nos conquista facilmente não só por ser o oprimido mas também por ser o mais esperto dos personagens. Já o cão que deseja ser samurai não gera nenhuma empatia, mesmo quando rechaçado pelos gatos.

A grande diferença do herói mais comum é que o cão samurai não se torna um exímio combatente. Mesmo após a segunda rodada de treinos, ele ainda é um samurai medíocre e esse poderia ser seu charme. O protagonista original também não era habilidoso, mas era esperto o suficiente para resolver todas as situações, já Hank não consegue sequer perceber a óbvia fraqueza do enorme gato lutador de sumô que substitui Mongo.

O destaque fica para Jimbo, tão habilidoso quanto o Jim de Gene Wilder, e que se afundou em erva de gatos. Seu arco acaba sendo mais interessante que o de Hank, e como não bastasse, até seu visual é muito mais chamativo. O roteiro transforma Jimbo no tutor do cão e o verdadeiro responsável pela maioria das proezas, tirando completamente o brilho do protagonista. Na voz dele, mantiveram o dublador do Samuel L Jackson, Márcio Simões.

Não foi a melhor estreia que o talentoso Paulo Vieira poderia ter como dublador. Além de atuar junto de Márcio que é um excelente profissional, o protagonista não poderia ser mais sem graça, dando pouca oportunidade para uma dublagem mais marcante.

Cenas reinterpretadas

O que acaba segurando o filme, para os adultos, são as piadas vindas do original e que ganham o toque especial de absurdo que as animações permitem. O remake ridiculariza os racistas de uma forma até melhor, deixando clara a incoerência dos personagens que odeiam cães. Ainda que não tenha um final que derruba totalmente a quarta parede, existem os momentos de quebra que garantem umas risadas.

As crianças podem se divertir com os demais personagens, mas dificilmente será uma animação de que lembrarão no futuro. Parece que o filme foi pensado mais para homenagear e talvez reviver o clássico do que para vender bonecos e marcar infâncias.

O Lendário Cão Guerreiro estreia nos cinemas em 25 de agosto. Assista o trailer: (1702) O Lendário Cão Guerreiro | Trailer Oficial Dublado | Paramount Pictures Brasil – YouTube

Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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