Conecte-se conosco

Cinema

Madalena | Filme é selecionado para festival de Roterdã em 2021

Publicado

em

Madalena | Filme é selecionado para festival de Roterdã em 2021

O Festival Internacional de Cinema de Roterdã selecionou o longa-metragem “Madalena”, primeira obra de ficção de Madiano Marcheti, para a Tiger Competition. O evento acontecerá de forma presencial e online em duas etapas, uma entre os dias 1º e 7 de feveiro e outra entre 2 e 6 de junho de 2021. Este é o único filme brasileiro que representou o país no Festival de San Sebastian, na Espanha, na categoria Working in Progress, em 2019.

Sobre o filme

Após o corpo de Madalena ser encontrado em uma plantação de soja, a trama passa a acompanhar a história de Luziane (Natália Mazarim)Bianca (Pamella Yule) e Cristiano (Rafael de Bona). Os jovens vivem em diferentes regiões da mesma cidade e não conhecem, mas formam um elo com a presença do espírito de Madalena que esvoaça sobre o local. Filmado em Dourados, no Mato Grosso do Sul, o longa traz mais de 20 atores no elenco e denuncia a violência constante do país que mais mata a população LGBTQIA+ no mundo. 

Na produção estão: Clélia Bessa, Joel Pizzini, Sérgio Pedrosa, Marcos Pieri e Beatriz Martins. Já a distribuição no Brasil é de responsabilidade da Vitrine Filmes. A produção é da PóloFilme e da Raccordem coprodução com Vira Lata e Terceira Margem.  

Estou extremamente feliz e honrado pela oportunidade de estrear meu primeiro longa-metragem em um festival da envergadura do Festival de Roterdã. Nós cineastas brasileiros enfrentamos muitas dificuldades para fazer com que nossos filmes cheguem às telas, sobretudo no momento atual que é particularmente sombrio no que diz respeito ao setor da cultura. Por isso, sou muito grato por ter a chance de levar mais um filme brasileiro para uma janela internacional de cinema tão prestigiada. Um filme do Centro-Oeste brasileiro que procura levantar discussões que considero importantes e urgentes, como meio ambiente e direitos humanosafirma o diretor matogrossense Madiano Marcheti.

*atualizado em 31 de janeiro de 2021

Ademais, veja mais:

Aliás, conheça A Incrível História da Ilha das Rosas na Netflix, vida real e a Ilha das Flores
Os Favoritos de Midas | Em seguida, uma história fechada e curta meio ‘Death Note’
Além disso, tem ‘Um Natal Nada Normal’ na Netflix. Entenda!

Anúncio
1 Comentário

1 Comentário

  1. Jacque

    31 de janeiro de 2021 at 02:16

    Ótimo! Apenas corrigindo que ao contrário Rio grande do Sul, como colocado anteriormente.. Dourados fica localizado no Mato grosso do Sul

Escreve o que achou!

Cinema

‘Vermelho Monet’ estreia esta quinta-feira nos cinemas

Premiado em diversos festivais, o longa escrito e dirigido por Halder Gomes investiga o processo artístico e o mercado das artes.

Publicado

em

Exibido em 15 festivais pelo Brasil e o mundo, e ganhador de mais de dez prêmios, Vermelho Monet, de Halder Gomes chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 9 de maio com distribuição da Pandora Filmes.

A saber, o longa conta com a participação de atores e parte da equipe de portugueses. Além disso, tem apoio da Lei do Audiovisual, Fundo Setorial do Audiovisual.

Produção

Mais conhecido por suas comédias, como Cine Holliúdy e Os Parças, Gomes aqui apresenta um drama marcado pela discussão sobre a arte e a transformação dela em mercadoria.

O protagonista é Johannes Van Almeida, interpretado por Chico Diaz, um pintor pouco aceito no mercado, que está perdendo sua visão.Ele encontra na atriz Florence Lizz (Samantha Müller) a inspiração para realizar sua maior obra, e seu caminho também cruza com o de Antoinette Lefèvre (Maria Fernanda Cândido), uma marchand influente que tem o poder de transformar o quadro numa obra famosa e valiosa.

“Fazer Vermelho Monet não foi muito diferente de fazer uma comédia em seu processo físico. Todos os esforços e etapas que constituem a realização de um filme estão presentes no drama e na comédia. Além do gênero drama em si, esse trabalho também é contado pela sua estética, referências artísticas, trilha musical, ambiências e simbolismos. A condução rítmica também é outra, com tempo de tela mais largo para assimilação e contemplação de suas simbologias e estética, respectivamente”, explica o diretor, que também assina o roteiro do filme.

Foto: Divulgação.

Trilogia Artística

Gomes conta que esse é o primeiro de uma planejada trilogia, e o próximo deverá ser Azul Vermeer. “O filme transborda da vontade de pôr na tela o que mais me fascina: pintar, ler sobre arte e ver pinturas. Viajo pra visitar museus e galerias incessantemente e passo grande parte do meu tempo livre pintando ou desenhando. Nessas andanças sempre me deparo com pinturas que aguçam a curiosidade de saber quem e o que está além do alcance dos olhos. Para isso, viajo pra lugares pra entender o que certos pintores viram e o que os fizeram pintar daquela forma. Já fui três vezes a Delft, Países Baixos, para decifrar o olhar, luz e paleta de Vermeer.”

É de se destacar também, dentro do filme, a importância da fotografia de Carina Sanginitto, e a direção de arte de Juliana Ribeiro, ambas premiadas em festivais, e cujos trabalhos ajudam na evocação das cores e luzes de Monet. Além das visitas ao museu, ao lado delas, Gomes também destaca que fizeram um estudo de paletas e tons de pele muito elaborados – em especial a progressão da luz na tez de Florence Lizz que, aos olhos de Johannes Van Almeida, tem cor – do dessaturado ao P&B – e textura de mármore.

Enredo

Definindo o filme como “uma grande história de amores desencontrados, intensos, tortuosos e trágicos”, Gomes coloca as personagens em questões existenciais profundas transpostas à arte que, por sua vez, é a única e provável tábua de salvação de todos eles – cada um ao seu modo.

“Para abrir essa caixa de pandora, não podia ser outra cor senão o vermelho. É a primeira cor que o ser humano teve o domínio de sua manipulação. É a cor mais forte, mais vibrante, com as maiores potencialidades poéticas, oníricas e simbólicas. O vermelho é a ambivalência do vigor, fogo e plenitude, associado a sua extrema fragilidade se misturada com outras cores. A complementaridade cromática e dissolução metafórica dos personagens representados pelas cores é a principal condução simbólica do filme. Vermelho Monet, em si, é uma cor simbolista criada para o título numa alusão aos vermelhos dos entardeceres impressionistas de Claude Monet.”

Foto: Divulgação.

Mercado da arte

Num primeiro momento, um filme sobre alta cultura pode não parecer ter um diálogo direto com o Brasil contemporâneo, mas o diretor ressalta que o mercado de arte é uma realidade que pode se mover por caminhos tortuosos em todo o mundo.

“Neste exato momento, no Brasil, deve ter alguém colecionando arte, lavando dinheiro com obras de arte, lucrando, manipulando valor, falsificando pinturas e até mesmo roubando quadros e esculturas em igrejas, residências e galerias. Assim como também tem milhares de pessoas visitando nossos museus e apreciando obras e a história da arte.”

“Neste mesmo Brasil, milhares de artistas estão lutando para viver da sua arte. De certa forma, este cenário expõe as vísceras da discrepante desigualdade social em países como o nosso, onde neste exato momento tem alguém negociando sorrateiramente obras de arte por valores milionários, enquanto alguém está passando fome e morando na rua. A arte está em todo lugar, o que faz o universo provocativo abordado em Vermelho Monet ser atemporal e universal.”

Por fim, fique com a sinopse oficial

Johannes Van Almeida (Chico Diaz) é um pintor de mulheres sem aceitação no mercado; obsoleto. Com a visão deteriorada e à beira de um colapso nervoso, encontra em Florence Lizz (Samantha Müller) – uma famosa atriz em crise e insegura na preparação para o seu filme mais desafiador – a inspiração para realizar sua obra prima. Antoinette Lefèvre (Maria Fernanda Cândido) é uma influente marchand/connoisseur de arte que fareja o valor de obras de arte quando histórias de inspiração viram obsessão entre pintores e modelos.

Ficha Técnica

VERMELHO MONET

Brasil, Portugal | 2024 | 135min. | Drama

Direção e Roteiro: Halder Gomes.

Elenco: Chico Diaz, Maria Fernanda Cândido, Samantha Müller, Gracinda Nave, Matamba Joaquim, Duarte Gomes.

Produção: Mayra Lucas e Halder Gomes.

Empresas produtoras: ATC e Glaz.

Distribuição: Pandora Filmes.

POR FIM, LEIA MAIS:

‘A hora da estrela’ é relançado em cópias digitalizadas em maio

‘A metade de nós’ estreia nos cinemas em 30 de maio

Festival de Cinema de Xerém anuncia filmes selecionados

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências

Descubra mais sobre Vivente Andante

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading