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Poesia do Bô | Conheça o encontro semanal de poesia no Porto

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Poesia do Bo

Poesia do Bô, a poesia do tu. Do nós, vós, eles. Toda noite de terça-feira, a partir das 19:30, sob uma fiel árvore escudeira, um grupo de pessoas aparece em frente a uma muralha. Logo ali, perto da Praça da Batalha. Mas não há luta, muito menos disputa. Entretanto, muitas palmas ecoam enquanto as palavras voam. Violões às vezes dão o tom para os poemas em suave e bom som.

Conheci a roda no dia em que fazia cinco anos de existência – e resistência. Começou na Casa Bô, mas hoje é naquele gramado. A ideia é partilhar arte, não só poesia. Tudo a ver com a vocação da cidade do Porto, emblema de Portugal.

Poesia do Bô.
Guilherme Martins trabalha com audiovisual e sempre aprende algo nos encontros (foto: Alvaro Tallarico)

“Música, pintura… Nós já tivemos poesia, prosa, contos, música, malta a dançar, malta da música eletrônica. Depois também houve muita malta estrangeira, italianos, espanhóis, chineses, que se associaram a noite de poesia”, diz o organizador do encontro, o poeta e escritor Vitor Hugo Moreira. “Pessoas do Egito, Turquia, e tantos países já passaram por ali”, comenta Vitor Hugo Moreira, organizador do evento. Inclusive, ele lembrou de uma vez em que uma mulher chinesa declamou em mandarim. “Surreal, ninguém percebeu patavinas, nada do que ela disse, mas ficamos assoberbados”, declara Vitor.

O encontro é aberto para quem quiser chegar. É possível partilhar criações próprias ou conhecidas. O músico brasileiro Davi Issufoali acompanhava algumas poesias no violão. Aliás, ele fez questão de ler alguns poemas do livro Fantasmagorias, de Anderson Antonangelo, o qual estava por lá também, e declamou o poema “Trava-Línguas”, dotado de humor e doce ironia.

Poesia do Bô com Davi Issufoali
O músico Davi Issufoali levou o violão e leu poemas de Anderson Antonangelo (foto: Alvaro Tallarico)

Nascimento

O projeto surgiu após um outro que existia na cidade: Noites de Poesia no Olimpo, o qual durou três anos. Com o fechamento do espaço, Vitor Hugo Moreira, autor de sete livros publicados entre contos, prosa e poesia, sentiu a necessidade de dar continuidade ao encontro semanal que reúne professores, músicos, transeuntes, viventes, andantes. Basta querer apreciar um pouco de arte.

Naquele fim de tarde de uma terça-feira quente eu via os rostos concentrados, enquanto tirava as fotos de alguns dos participantes da Poesia do Bô. Pediram que eu também declamasse algum e não me fiz de rogado. Ajoelhado na grama, declamei um que havia escrito durante a pandemia. Foi gostoso poder partilhar meus sentimentos em forma de poema para o público ávido que ali estava. Por fim, a sensação que ficou em mim foi de como o poder da poesia é fascinante e provoca outras artes que ali saltavam aos olhos e ouvidos.

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Literatura

Odisseia da água – da geleira ao sertão | Livro tem história que mostra as mudanças climáticas ao público infantojuvenil

A publicação será lançada em 25/03

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Odisseia da água - da geleira ao sertão

Ao acordar após milhares de anos congelada, uma molécula d’água retorna ao ciclo hidrológico do planeta, “antes da hora combinada”, e percebe que tudo está muito diferente. Esse é o início da narrativa do livro “Odisseia da Água – da geleira ao sertão” (Editora Quixote+Do, 2023), de autoria do jornalista Bruno Moreno e ilustrado por Conrado Almada, que terá lançamento em 25/3. A obra estará disponível na Quixote Livraria e Café, em Belo Horizonte, ao preço de 45 reais ou na Amazon (em breve, impresso e digital), e também na versão digital em inglês.

A princípio, a personagem traz uma reclamação: o “combinado”, quando congelou, era que o tempo de “descanso” seria muito mais prolongado. No entanto, como o planeta está vivenciando as mudanças climáticas, que desencadeiam o descongelamento das calotas polares, a personagem “acorda” antes da hora.

A molécula d’água convida o leitor a acompanhá-la em sua jornada fluida da Antártida ao Nordeste brasileiro, desde o momento em que descongelou, até mergulhar no mar, voar enquanto nuvem, chover em Minas Gerais para, depois, navegar em um rio, pegar um atalho e alcançar uma pequena propriedade rural para matar a sede de animais de criação.

Engajamento

Além disso, a personagem interage com outras moléculas que vieram de diferentes lugares, como a Amazônia. Seguindo a jornada, ela passa por cursos d’água, chega a uma indústria, alcança estações de tratamento d’água, entra na casa de uma família, dá banho em um bebê, encontra o rio São Francisco e descobre o Nordeste brasileiro.

A publicação é a estreia de Bruno Moreno na literatura infantojuvenil, mas não na causa climática. Engajado na preservação do meio ambiente, ele escolheu a data de lançamento do livro na semana em que celebramos o Dia Mundial da Água, para dar mais voz ao tema. Quando já estava escrevendo o livro, em 2019, o termo ‘Emergência climática’ foi eleito ‘Palavra do ano’ pelo Dicionário Oxford. Ele, que já era envolvido com o assunto, ficou ainda mais disposto a concluir o trabalho.

Tendo como público-alvo as crianças e jovens, ao longo da narrativa a personagem assume características reflexivas e contemplativas, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU ao abordar temas como as mudanças climáticas, o desmatamento e o processo de desertificação de grandes áreas.

“Na escola aprendemos o ciclo da água, normalmente com uma imagem que tem o mar, uma montanha e umas nuvens. No entanto, o ciclo hidrológico da Terra é muito mais complexo. Apresentar essa noção às crianças e jovens é fundamental para que possamos criar uma conscientização de que o planeta é um só, e tudo está integrado”, argumenta Bruno Moreno.

Por fim, “Odisseia da água” conta com ilustrações de Conrado Almada, artista plástico e diretor audiovisual, com formação em Publicidade e Propaganda pela PUC Minas. Ilustra livros e revistas, pinta quadros e murais, dirige filmes publicitários, institucionais, videoclipes e animações. Ilustrou o livro do filme “O Palhaço”, de Selton Mello, tendo feito também a animação de abertura e créditos do filme.

Serviço:

Livro: Odisseia da Água – da geleira ao sertão

Data: 25/3/23

Horário: Início às 10h, com contação de história às 11h. O encerramento está previsto para 12h30.

Local: Museu Abílio Barreto (Av. Prudente de Morais, 202 – Cidade Jardim, Belo Horizonte). Aproveite para um piquenique ao ar livre, em família, tendo o histórico museu com paisagem de fundo. Leve uma toalha, cesta com lanchinhos e recolha seu lixo.

Onde Comprar: Quixote Livraria e Café (R. Fernandes Tourinho, 274 – Savassi) ou na Amazon, em breve.

Preço: R$ 45,00 na livraria e R$ 40 no dia do lançamento

Acompanhe o instagram:@odisseiadaagua

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