Cinema
Crítica | ‘A Luz do Demônio’ traz uma freira exorcista e não inova
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1 ano atrásem
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Rodrigo AdamiTem filmes com propostas tão ruins que é difícil entender como saíram do papel. A Luz do Demônio é uma cópia de tudo de mais básico que já vimos em filmes de exorcistas, com uma freira como protagonista. Esse diferencial poderia trazer novas temáticas e tornar o filme diferente, mas ele fica no nível mais raso da discussão. Tanto em estética como em conceito, o diretor Daniel Stamm entrega um filme fraco e esquecível.
Em A Luz do Demônio, as ocorrências de possessão demoníaca aumentaram nos últimos anos, segundo o Vaticano. Para ajudar a combater o crescente números de casos, a Igreja decidiu abrir uma escola voltada a treinar padres aptos para praticar exorcismos. A Irmã Ann está entre os alunos da escola, e, apesar de mulheres não serem permitidas na função, ela acredita que seu destino é realizar exorcismos. Quando um professor sente seu dom especial, permite que ela seja a primeira freira a estudar e dominar o ritual. Sua própria alma estará em perigo, pois as forças demoníacas que ela luta contra, revelam uma conexão misteriosa com seu passado traumático.
Falta de profundidade e coerência
Contextualizando, nessa escola os homens estudam para serem exorcistas e as mulheres são enfermeiras. Elas cuidam dos pacientes internados com suspeita de estarem possuídos. Essa internação se dá pois há uma ala psiquiátrica, pois, como a Drª Peters explica no início do filme, alguns deles podem ter distúrbios psicológicos. A doutora sequer acredita em possessão demoníaca, mesmo trabalhando em um local onde se realizam exorcismos e câmeras captam todo tipo de comportamento bizarro dos possuídos. É, não encaixa né?
Ann é aceita na classe exclusiva para homens após sofrer ataque de um dos internos, coisa que deveria ser comum em um local desses. Mas a protagonista precisa ser especial de alguma forma. E para finalizar suas características de “A Escolhida”, o filme a coloca como sendo mais empática que os homens e, portanto, mais habilidosa no momento do exorcismo. Se o roteiro queria inovar discutindo a posição da mulher na Igreja Católica deveria lembrar que a mulher empática é um clichê nada positivo.
Daí pra frente a discussão se resume a olhares julgadores e a freira chefe aparecendo só para ser contra e sendo mal refutada. Ann tem sua jornada da heroína treinando, falhando, desistindo e voltando triunfal da forma menos interessante possível. Existem algumas revelações pelo caminho que apesar de pouco impactantes seriam spoilers desnecessários.
A forma do mal
Sem dúvidas um dos maiores atrativos nesse tipo de filme é a representação do mal. Seja na forma como os possuídos são afetados ou na aparição do demônio em si, quando tem. Aqui não vemos nada além de uma mão demoníaca e a possessão é mais do mesmo, com direito a subir na parede de costas, barriga inchando com bebê do capiroto e ficar botando a língua pra fora.
Nem as aparições são criativas, ficando na mesmice de sombras e fundo do cenário quando a protagonista está de costas. Mas o final do filme consegue entregar a pior mistura possível, gente estranha possuída na luz do dia e ataque que termina com Ann sacando a cruz do bolso como se fosse uma pistola. Uma ação que não acontece de forma semelhante em nenhum outro momento do filme. É constrangedor.
A Luz do Demônio já está nos cinemas, fique com o trailer:
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Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.
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Publicado
11 horas atrásem
25 de abril de 2024Por
Livia BrazilA dança unida ao documentário pode trazer diferentes reflexões sobre as produções de dança no país. Pode ser também um material educacional, ampliador de conhecimentos, performativo e gerador de novos desejos em relação a como se cria e se fala sobre a dança atualmente. Estes são os pontos de partida para a realização da mostra Move Concreto! Dança e documentário, que vai contar com documentários de dança, videodanças como registro histórico, documentários em que a dança é a protagonista das ideias e discussões.
A convocatória para composição da mostra vai receber inscrições de 06 a 19 de maio para seleção de 05 filmes – longas, médias ou curta metragens. As inscrições devem ser feitas através de formulário disponível no perfil do instagram @gcontemporaneodedancalivre.
Sobre o festival
Realizado pelo Grupo Contemporâneo de Dança Livre através do patrocínio do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura de Contagem – Edital Movimenta Multilinguagens, o evento acontecerá de forma presencial e online em agosto de 2024. “A mostra Move Concreto! Dança e documentário se baseia na compreensão da videodança como um campo híbrido que busca a exploração do corpo em relação aos dispositivos técnicos, o espaço, o tempo e o movimento. Nessa perspectiva, busca-se por trabalhos que não sejam mera transposição da dança do palco para as telas, mas que a construção seja dentro das especificidades e possibilidades do campo, como nas relações entre corpo/câmera/edição”, explica, assim, Duna Dias, curadora da Mostra ao lado de Leonardo Augusto.
Poderão se inscrever, portanto, realizadores de todo o Brasil com idade acima de 18 anos. Cada proponente poderá apresentar até 2 filmes, sem limite de ano de realização e de tempo de duração. Os trabalhos devem ter relações com a linguagem documental – dança como documento, entrevistas, videodança documental e suas múltiplas variações dentro da união entre dança e documentário. Cada filme selecionado receberá um cachê para exibição no valor de R$ 800,00. Os filmes escolhidos serão divulgados até o final do mês de junho de 2024.
Serviço
CONVOCATÓRIA MOSTRA MOVE CONCRETO! DANÇA E DOCUMENTÁRIO
Período: 06 a 19 de maio de 2024
Local: através de formulário disponível no perfil do instagram @gcontemporaneodedancalivre
Inscrições gratuitas
A saber, quaisquer dúvidas ou esclarecimentos são através do e-mail: moveconcreto@gmail.com.
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