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Atravessa a Vida | Selecionado para o É Tudo Verdade, filme mostra desafios da educação

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Atravessa a vida

“Atravessa a vida”, novo documentário de João Jardim (“Getúlio”, “Janela da Alma”) acaba de divulgar o trailer oficial. A saber, o filme acompanha o cotidiano de uma turma do 3º ano do ensino médio, no interior do Sergipe. O longa é uma produção da Copacabana Filmes e Fogo Azul Filmes, em coprodução com Globo Filmes, GloboNews e Canal Curta!. A estreia será no Festival É Tudo Verdade.

Primeiramente, o documentário mergulha no universo escolar e adolescente dos jovens de Simão Dias, cidade de 40 mil habitantes no interior sergipano. O Centro de Excelência Dr. Milton Dortas, escola com cerca de mil alunos, representa um recorte das dificuldades na educação brasileira. Enquanto buscam o sonho de garantir um ensino superior gratuito, os alunos refletem temas urgentes – dentro e fora de sala de aula – como futuro, depressão, aborto, pena de morte e Ditadura Militar.

João Jardim no interior de Sergipe

“Atravessa a vida é um desejo forte de revisitar a vida no ensino médio, momento tão importante. Ao mesmo tempo uma vontade de expor o Brasil emocionalmente. O recorte que me interessou foi aquele de partida e início, quando vamos sair do colégio que tanto nos protege, mesmo com suas precariedades. Na forma, queria fazer um filme só com cinema direto, quase consegui, restaram três entrevistas. No interior de Sergipe, fui à procura de um grupo, não de um ou dois personagens, e encontrei jovens firmes na ideia de que têm potência, que discutem suas vidas e seu país com uma clareza inesperada e forte. Pessoas, na sua maioria, criadas somente por suas mães. São situações com professores e alunos que nos fazem pensar quem somos, para onde estamos indo?”, explica o diretor e roteirista João Jardim.

Por fim, o filme traz referências ao longa “High School”, de Frederick Wiseman. Este é o segundo trabalho de João Jardim a abordar o tema. “Pro Dia Nascer Feliz” (2006) trazia histórias de estudantes de Estados e classes sociais distintas sobre medos e anseios da vida escolar. Aliás, o filme alcançou mais de 50 mil espectadores nos cinemas e conquistou diversos prêmios, incluindo Melhor Documentário na Mostra de São Paulo. Jardim também é diretor dos premiados “Janela da Alma”, “Amor?”, “Getúlio”, e codiretor do documentário indicado ao Oscar “Lixo Extraordinário”.

Enfim, veja o trailer:

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Cinema

Crítica: Transo

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capa de Transo, silhueta de uma pessoa com prótese

Ao assistir ao documentário “TRANSO”, refleti sobre a peça de teatro “Meu Corpo Está Aqui“, Fica evidente a poderosa narrativa que ambos compartilham sobre a invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. A forma como essas obras abordam as experiências íntimas e pessoais desses indivíduos é impactante e provocativa.

O documentário mergulha calorosamente na vida sexual dos atores. Dessa forma, quebra tabus e preconceitos ao mostrar que a deficiência não é um obstáculo para a vivência plena da sexualidade.

O documentário, assim como a peça de teatro, é um veículo para desafiar percepções e estimular conversas importantes sobre inclusão.

Impacto Social

Em um mundo que frequentemente marginaliza e exclui as pessoas com deficiência, é importante dar voz a esses indivíduos e celebrar sua capacidade de amar, se relacionar e sentir prazer.

Além de abordar as experiências individuais, o documentário também nos traz reflexões sobre a construção social da sexualidade e como as pessoas com deficiência são constantemente erotizadas ou dessexualizadas pelo olhar alheio.

Nas histórias compartilhadas fica evidente que existem diferentes formas de vivenciar o sexo e os relacionamentos, e que cada pessoa tem suas próprias necessidades, desejos e limitações. É importante lembrar que a diversidade também se faz presente nesse aspecto fundamental da humanidade.

Afeto

Ao enfatizar o afeto e o auto prazer, “Transo” nos leva a repensar conceitos tradicionais de sexualidade e a entender que o prazer não é exclusivo do sexo genital, mas sim uma vasta gama de sensações e experiências. Essa ampliação de perspectiva nos ajuda a enxergar além dos estereótipos estabelecidos e a celebrar a pluralidade da sexualidade humana.

O longa conta com a participação de Ana Maria Noberto, Adrieli de Alcântara, Daniel Massafera, Edvaldo Carmo de Santos, Fernando Campos, Jonas Lucena da Silva, Kollinn Benvenutti, Marcelo Vindicatto, Mona Rikumbi, Nayara Rodrigues da Silva, Nilda Martins, Siana Leão Guajajara.

Cineasta e pesquisador

Como uma pessoa sem deficiência, Messer conta que sua abordagem em relação ao tema é completamente observacional:

“O primeiro passo foi estudar o assunto e escutar os participantes antes mesmo de iniciar a gravação. No geral, percebi que muitas pessoas com as quais conversei estavam ansiosas para debater o tema”

A saber, o projeto de “Transo” começou quando o diretor produziu, em 2018, um curta sobre Mona Rikumbi, a primeira mulher negra a atuar no Theatro Municipal de São Paulo. Durante o processo deste filme, eles se tornaram amigos, e Mona, um dia, relatou da dificuldade de se encontrar motéis acessíveis na cidade.

Por fim, o o documentário está no Canal Futura e Globoplay.

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