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O Rolo Proibido | Documentário traz velhos e novos olhares sobre o Afeganistão

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O Rolo Proibido

O Rolo Proibido (The Forbidden Reel) é um recorte de uma cultura muito pouco conhecida no Brasil e no ocidente, a não sera partir de alguns péssimos estereótipos e alguns acontecimentos muito trágicos. Afeganistão. Creio que a primeira vez que ouvi falar desse país foi no filme Rambo 3, de 1988, o qual só vi ali pelos anos 90, ainda criança. Nesse filme, o veterano John Rambo refugia-se em um mosteiro budista. Porém, descobre que seu mentor, o Coronel Trautman, foi preso pelos soviéticos, durante a Invasão do Afeganistão. Os russos são, em Rambo 3, como os grandes vilões e os estadunidenses aliam-se aos afegãos, que lutam contra a invasão.

Quem imaginaria que, posteriormente, o Afeganistão seria o grande inimigo dos Estados Unidos. Principalmente após o que ocorreu no dia 11 de setembro de 2001. A imagem do Afeganistão no mundo ficou como a do radical regime fundamentalista islâmico Taliban que comandou o país de 1995 até 2001. Os homens tinham a obrigação de usar barba, e as mulheres, burca, com proibição de cinema e televisão.

Taliban vs Cinema

Com direção do afegão-canadense Ariel Nasr, surge agora um documentário que mostra um outro lado de tudo isso, e tempos mais alegres do Afeganistão. Praticamente uma ode à cultura afegã de outrora, O Rolo Proibido traz imagens diversas de filmes e cineastas afegãos que criaram um estilo nacional de cinema. Entretanto, os extremistas do Taliban tentaram queimar tudo isso que estava na Afghan FIlms. Alguns heróis, mesmo sob perigo de vida, conseguiram esconder grande parte dos negativos que mostram desde o início da sétima arte até o fim do regime Taliban no Afeganistão.

Assim, podemos ver aqui um belo filme que apresenta o passado e o presente da cultura afegã. São décadas onde a violência não era comum e as mulheres eram encorajadas a trabalhar e ter papel ativo na sociedade. Realmente é tocante ver cenas de filmes antigos, de romances, de mulheres livres. Em seguida, assistimos a escalada da violência até o retorno da esperança hoje. É muito bonito ver e aprender sobre um outro estilo de cinema, com estilo próprio e único.

Por fim, veja o trailer:

Enfim, O Rolo Proibido ganha exibição na Competição Internacional de Longas e Médias-Metragens do Festival É Tudo Verdade, através da Plataforma Looke, no dia 28/09/2020 às 18h00.

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Além disso, confira as belas imagens do filme “Na Beira”:

 

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Crítica: Transo

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capa de Transo, silhueta de uma pessoa com prótese

Ao assistir ao documentário “TRANSO”, refleti sobre a peça de teatro “Meu Corpo Está Aqui“, Fica evidente a poderosa narrativa que ambos compartilham sobre a invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. A forma como essas obras abordam as experiências íntimas e pessoais desses indivíduos é impactante e provocativa.

O documentário mergulha calorosamente na vida sexual dos atores. Dessa forma, quebra tabus e preconceitos ao mostrar que a deficiência não é um obstáculo para a vivência plena da sexualidade.

O documentário, assim como a peça de teatro, é um veículo para desafiar percepções e estimular conversas importantes sobre inclusão.

Impacto Social

Em um mundo que frequentemente marginaliza e exclui as pessoas com deficiência, é importante dar voz a esses indivíduos e celebrar sua capacidade de amar, se relacionar e sentir prazer.

Além de abordar as experiências individuais, o documentário também nos traz reflexões sobre a construção social da sexualidade e como as pessoas com deficiência são constantemente erotizadas ou dessexualizadas pelo olhar alheio.

Nas histórias compartilhadas fica evidente que existem diferentes formas de vivenciar o sexo e os relacionamentos, e que cada pessoa tem suas próprias necessidades, desejos e limitações. É importante lembrar que a diversidade também se faz presente nesse aspecto fundamental da humanidade.

Afeto

Ao enfatizar o afeto e o auto prazer, “Transo” nos leva a repensar conceitos tradicionais de sexualidade e a entender que o prazer não é exclusivo do sexo genital, mas sim uma vasta gama de sensações e experiências. Essa ampliação de perspectiva nos ajuda a enxergar além dos estereótipos estabelecidos e a celebrar a pluralidade da sexualidade humana.

O longa conta com a participação de Ana Maria Noberto, Adrieli de Alcântara, Daniel Massafera, Edvaldo Carmo de Santos, Fernando Campos, Jonas Lucena da Silva, Kollinn Benvenutti, Marcelo Vindicatto, Mona Rikumbi, Nayara Rodrigues da Silva, Nilda Martins, Siana Leão Guajajara.

Cineasta e pesquisador

Como uma pessoa sem deficiência, Messer conta que sua abordagem em relação ao tema é completamente observacional:

“O primeiro passo foi estudar o assunto e escutar os participantes antes mesmo de iniciar a gravação. No geral, percebi que muitas pessoas com as quais conversei estavam ansiosas para debater o tema”

A saber, o projeto de “Transo” começou quando o diretor produziu, em 2018, um curta sobre Mona Rikumbi, a primeira mulher negra a atuar no Theatro Municipal de São Paulo. Durante o processo deste filme, eles se tornaram amigos, e Mona, um dia, relatou da dificuldade de se encontrar motéis acessíveis na cidade.

Por fim, o o documentário está no Canal Futura e Globoplay.

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