Cinema
A história pessoal de David Copperfield | Filme traz ludicidade que lembra ‘Peixe Grande’
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4 anos atrásem
A história pessoal de David Copperfield (The Personal History of David Copperfield). O filme é uma viagem por momentos de um homem que se transformam em algo mais. Talvez todo escritor tenha uma jornada. Os que não tem inventam uma. Um bom garoto jogado no mundo, imaginativo e pueril, sonhador e feliz, encontra com a realidade – e a surrealidade – da vida. Quando vi o título do filme pensei que era uma biografia do ilusionista David Copperfield. Não tem absolutamente nada a ver com isso. Apesar do protagonista também ser um tipo de mágico, um artista se descobrindo, capaz de tirar a salvação da cartola da criatividade.
Em verdade, o filme é baseado num famoso romance de Charles Dickens. Aqui, o diretor Armando Ianucci procura conduzir tudo de forma dinâmica e até consegue. Algumas risadas surgem, todavia, parece que fica a sensação de que algo está faltando. Entre cores e personagens divertidos, com um elenco de respeito que conta com o Doutor House, Hugh Laurie, e a sempre eficiente Tilda Swinton, a história desse David Copperfield ganha ares fantásticos. Honestamente, o filme não me prendeu como deveria. O melhor é a ludicidade cinematográfica colorida engrandecida pelas boas atuações que dão vida a personagens tão divertidos como Mr. Micawber (Perter Capaldi).
Em minha mente surgiu o filme ‘Peixe Grandes e suas histórias maravilhosas’, contudo, esse entrega melhor o que tem para oferecer. Em A história pessoal de David Copperfield há confusões e algumas linhas tortas, mas, afinal, são duas horas que proporcionam alguns bons momentos e dão uma imensa vontade de soltar pipa.
Enfim, veja o trailer (em inglês):
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
Cinema
Festival Curta Cinema anuncia vencedores
Além disso, qualifica dois filmes a concorrer uma vaga ao Oscar de melhor curta-metragem em 2025.
Publicado
14 horas atrásem
26 de abril de 2024Por
Livia BrazilA 33ª edição do Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro encerrou sua programação no Rio de Janeiro. O festival apresentou 153 filmes brasileiros e internacionais de 31 países, em oito dias de evento presencial. Todas as sessões foram gratuitas no cinema Estação Net Botafogo, que também foi palco da cerimônia de premiação.
Este ano, os jurados da Competição Nacional foram Anaïs Colpin (coordenadora da distribuidora Manifest), Eva Randolph (cineasta) e Bruno F. Duarte (cineasta e pesquisador de filmes de não-ficção, com foco em raça, gênero e sexualidades). Para a Competição Internacional, Ángela López Ruiz (cineasta e curadora), Matheus Peçanha (produtor audiovisual e fundador do Estúdio Giz) e Luciano Pérez Fernández (diretor, fotógrafo e produtor) fizeram parte do júri.
Grandes vencedores
Os grandes vencedores foram os filmes “Engole o choro”, de Fabio Rodrigo (SP), e “Pigeons are dying, when the city is on fire”, de Stavros Markoulakis (Grécia), que estão automaticamente qualificados a concorrerem a uma indicação no Oscar® 2025 na categoria Melhor Curta-Metragem de Ficção.
Nesta edição, a organização comemorou o número recorde de inscrições (4.750 filmes) e o aumento de 40% do público em relação à última. Tal fato significa que 4 mil espectadores encheram as salas do tradicional cinema de Botafogo.
Competições Nacional e Internacional
Além disso, conheceu-se, também, os ganhadores das demais categorias do festival. Na competição nacional, “Quinze quase dezesseis”, de Thais Fujinaga, também arrematou o Prêmio de Melhor Direção. “Das águas”, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo, conquistou o Prêmio Especial do Júri. Já “Ramal”, de Higor Gomes e “MBORAIRAPE”, de Roney Freitas, foram os ganhadores da Menção Honrosa.
Na competição internacional, “Beutset (Senegal/Suíça), de Alicia Mendy, e “Cross my heart and hope to die”, de Sam Manaosa (Filipinas), foram os vencedores na categoria Melhor Direção. O Prêmio Especial do Júri foi para “El tercer mundo después del sol”, de Tiagx Vélez e Analú Laferal, uma produção da Colômbia. “Incident”, de Bill Morrison; “Marica”, de Anouk Chambaz; e “La historia se escribe de noche”, de Alejandro Alonso, conquistaram a Menção Honrosa.
Outras categorias
Os melhores filmes das mostras Panorama Carioca e Panorama Latino-Americano foram, respectivamente, “Macaleia”, de Rejane Zilles, e “As Marias”, de Dannon Lacerda. O curta “América, do Sul”, de Maria Clara Bastos, foi o vencedor do Prêmio Primeiros Quadros.
O vencedor do Prêmio Canal Brasil de Curtas é “Você”, da Elisa Bessa. Já do Canal Like, o grande ganhador da Competição Nacional, “Engole o choro”, de Fabio Rodrigo. Além disso, o Prêmio Melhor Projeto do 25º Laboratório de Projetos de Curta Metragem concedeu o primeiro lugar para “Kika não foi convidada”, de Juraci Júnior do Pará, de Rondônia. O segundo lugar foi para “O cadáver perfumado”, de Fabrício Basílio, do Rio de Janeiro – que também recebe os prêmios Edina Fuji, Conecta Acessibilidade e Link Digital.
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Marcia
16 de junho de 2020 at 11:11
Leitura da minha infância!! Com certeza verei o filme !! Valeu a dica!!
Aline Gonçalves
5 de novembro de 2020 at 10:28
Olá, onde consigo ver este filme? Alguma plataforma de streeming?
Alvaro Tallarico
6 de novembro de 2020 at 06:06
Olá! No momento, o filme ainda não está em nenhuma plataforma de streaming. A princípio, o filme passou no Festival de Toronto e venceu cinco prêmios BIFA (troféu do cinema independente britânico), incluindo Melhor Roteiro (Iannucci e Simon Blackwell) e Ator Coadjuvante (Laurie). A estreia estava marcada para 8 de maio nos EUA, porém veio a pandemia e não deram nova data ainda. Não há previsão de lançamento no Brasil.
Marcos Borches
10 de julho de 2021 at 23:29
A crítica é por demais benevolente com esse filme chato até não mais poder. Acho que funcionaria bem num palco mas como filme deveras fragmentado e desconexo. Não é nem um pouco engraçado nem muito menos biográfico. Salvo o figurino que até então não segura o filme nem muito menos o esforço incomensurável de Dav Patel com a interpretação e não convence. Em nenhum momento se encontra o espírito do livro exceto alguns murmúrios desalentadores. A diversidade étnica também funcionaria no teatro novamente. Insisto nisso porque o modus operandi do teatro raramente funciona para cinema. Cortes impresicisos e tomadas que poderiam ser brilhantes se perdem na desatenção da direção de arte e fotografia. Tilda maravilhosa atriz parece que vai ficar marcada por caricaturas exóticas. Destaque positivo para o figurino e paleta de cores. E só.
Alvaro Tallarico
12 de julho de 2021 at 22:59
Marcos, devo admitir que tive sim certa benevolência com o filme. A grande verdade é que ele tinha potencial para ser muito melhor. Seu comentário foi extremamente contundente e bem-vindo!