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A Língua das Mariposas
CinemaCrítica

Festival Volta ao Mundo: Espanha | A Língua das Mariposas

Por
Felipe Novoa
Última Atualização 30 de março de 2023
4 Min Leitura
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divulgação
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A Língua das Mariposas mostra o início de um processo de amadurecimento do menino Moncho, um pequerrucho ibérico vivendo às portas da Guerra Civil Espanhola. Em uma hora e meia se pode ver um desabrochar de um pequeno rapaz que conhece o mundo depois de um distanciamento social devido a crises de asma. Ao ir ao colégio pela primeira vez, o jovem Moncho conhece seu professor, Don Gregorio, um homem amável e partidário da visão republicana de seu pai.

Com exceção de alguns poucos momentos em que o clima político aparece claramente, esse plot condutor permanece largamente ignorado. Em geral a história gira em volta do relacionamento amigável entre pupilo e mestre, além do mundo em volta do Moncho.

Apesar dessa aparente falta de consistência, o clima do filme é de uma calma contagiante e eficiente. O ambiente relaxado de uma pequena cidade espanhola pós-Primeira Guerra é de uma paz idílica. Dessa forma, cria uma atmosfera perfeita para a criação do personagem principal. Essa ambientação é essencial para o andamento do roteiro e o impacto emocional da última cena, que é toda uma explosão de vitriol, traição e fascismo.

Contexto

Longe de ser neutro politicamente, A Língua das Mariposas tem um viés claro e uma visão global que apenas o tempo e o extremismo podem prover. Entre o momento histórico em que o filme se passa, final dos anos 1930, e o momento em que filmaram, ou seja, virada do século 20 para 21, existiu um grande espaço onde a nação espanhola pôde estudar, remoer e compreender o que aconteceu nos anos de Franco e como isso afetou a sua democracia.

Hoje, esse tipo de contextualização política é absolutamente necessária, visto que estamos novamente num momento em que o extremismo é vivo e violento. Aprendemos como um cidadão comum ou uma criança pode ser manipulada, seja pelo medo ou por falta de conhecimento, para seguir ideais negativos.

Em suma, A Língua das Mariposas, é um aviso, um lembrete, uma memória e um conto. A vida de muitos segue normal em tempos de ódio, enquanto uns poucos são usados como bode expiatório. Por mais que alguém seja bom, fatores externos podem corromper até a alma mais intocada pelo preconceito. Essa lição de como a mentalidade fascista se espalha é mais atual do que nunca. Enfim, nos resta acreditar na bondade humana e trabalhar para que isso se mantenha como uma qualidade a ser almejada.

Por fim, o filme está no ar no À La Carte, no Festival “Volta ao Mundo: Espanha”, de 3 a 16 de junho, com 12 filmes que vão desde grandes clássicos a cults modernos e inéditos nos cinemas brasileiros, além de premiadas coproduções com outros países, como Argentina, França e Itália.

Ademais, veja mais:

MFM | 4ª Mostra Filmes de Montanha anima fãs de natureza, cinema e esportes radicais
Crítica | ‘Trópico Fantasma’ é uma volta noturna pela beleza do banal
Máquina do Desejo – Os 60 Anos do Teatro Oficina | É Tudo Verdade traz a companhia revolucionária
 
Tags:a língua das mariposasa língua das mariposas criticaa língua das mariposas resenhacinema espanholcinema europeuguerra civil espanholajosé luis cuerda
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Crítico/fotógrafo. Atualmente focando na graduação em jornalismo e escrevendo muito.
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