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Cultura

Ficções Selvagens | Alê Santos cria novo podcast em parceria com a Orelo

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Arte de Ficções Selvagens novo podcast de Alê Santos

O autor e roteirista Alê Santos lança nesta segunda-feira, 23, o seu novo podcast “Ficções Selvagens” em parceria com a Orelo. Nele, Alê levanta discussões sobre problemas sociais no Brasil a partir da ficção cientifica. A princípio, o formato inovador abordará assuntos discutidos atualmente, tais como: desigualdade de gênero, temáticas raciais, desigualdade social, fakenews e vacinação da população.

“A nossa ideia com esse projeto é aproximar a ficção tradicional dos questionamentos sociais, para abrir debate e reflexões sobre eles, utilizando a ótica da ficção. Queremos misturar essa realidade fantástica com temas do cotidiano brasileiro”, explica Alê Santos, um dos nomes mais fortes e importantes na luta racial no Brasil hoje.

Episódios novos todas as sextas

No total, serão seis histórias que se complementam e os episódios estarão disponíveis sempre às sextas-feiras no agregador de podcasts Orelo. Aliás, o primeiro episódio,”Depois do Presidente”, tem gerado boa repercussão nas redes sociais do roteirista.

Quem faz?

Alê Santos é autor e roteirista de “Ficções Selvagens”, a direção é de Ian SBF (co-fundador e sócio do Porta dos Fundos) e a produção é feita por MiraFilmes. Jefferson Costa criou as artes exclusivamente para o podcast.

“Mais do que abordar problemas, nós queremos trazer à tona o imaginário negro como pontapé inicial para as discussões que vão surgir por meio de alegorias sobre os jovens da periferia, histórias de terror, tecnologia, mesclados ao realismo mágico”, finaliza Santos.

Afinal, saiba mais sobre o autor:

A saber, nos últimos anos, Alê Santos representou o Brasil na antologia de Sci-fi “Cautions, Dreams & Curiosities: The Tomorrow Project”, em 2019 lançou  o conto Afrofuturista Cangoma pela Plataforma 21 na coletânea Todo Mundo tem Uma Primeira Vez e em 2020 se tornou finalista do prêmio Jabuti com o livro Rastros de Resistência, História de Luta e Liberdade do Povo Negro, editado pela Panda Books. Por fim, Alê também foi destaque do prêmio Sim a Igualdade Racial de 2020 na categoria Representatividade em Novos Formatos.

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Cultura

Exposição seleciona obras de 10 artistas negros

Edital vai remunerar artistas para repensar o Brasil a partir de ideias criadas por figuras históricas como Maria Amanda Paranaguá, André Rebouças e José do Patrocínio.

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Exposição.

A exposição “Constituinte do Brasil Possível” é uma ação cultural que propõe uma reimaginação histórica. Nela, a população negra brasileira participaria ativamente dos debates parlamentares do país desde a abolição da escravidão em 13 de maio de 1888. A mostra tem idealização da diretora e produtora executiva Mariana Luiza (“Redenção”), em colaboração com as professoras Ana Flávia Magalhães Pinto (História-UnB e Arquivo Nacional) e Thula Pires (Direito-PUC-Rio).

Por meio de um edital de convocação pública, selecionarão 10 propostas artísticas inéditas, de pessoas com idade a partir de 18 anos, autodeclaradas pretas ou pardas. Artistas de todo o Brasil, com trajetórias mais consolidadas ou estreantes, podem se inscrever. Cada artista vai receber R$4.500,00 para executar sua obra. A previsão é de exibição no Centro Cultural dos Correios do Rio de Janeiro em outubro deste ano.

Como se inscrever

A saber, as inscrições são gratuitas por este formulário on-line até o dia 26 de junho de 2024, às 23h59. A divulgação do resultado será no dia 15 de julho de 2024, no site www.linhadecor.com e nas redes sociais do projeto.

No mesmo formulário, os interessados devem enviar um vídeo de 1 a 4 minutos. O vídeo deve responda à pergunta: “Como sua obra pode contribuir para o imaginário de um Brasil possível?”. Além disso, devem enviar um portfólio e uma proposta artística, que podem ser entregues no formato PDF ou vídeo/animação. Todos os detalhes, exigências e demais etapas estão no edital, que está disponível no site Linha de Cor.

Temática das obras

As propostas artísticas devem conter uma descrição minuciosa sobre a linguagem que o candidato pretende adotar. Entre as linguagens estão: pintura (em variados materiais), escultura, impressão 3D, gravura, fotografia, indumentária, artesanato, arte gráfica, xilogravura, poesia visual, arte postal, zine, performance, grafite, lambe-lambe, stencil, colagem, fotoperformance, artes integradas e outras não especificadas anteriormente.

“A exposição propõe um exercício de imaginação histórica para o Brasil que se firmava enquanto nação no século XIX. Convocamos artistas negros (pretos e pardos) a imaginarem projetos para o Brasil a partir de personagens negros invisibilizados pela História oficial. E se no dia seguinte a abolição da escravidão, uma nova Constituinte fosse convocada para o Brasil com a participação ativa de pessoas negras? Partimos de uma Constituinte afro-brasileira desejando inspirar fabulações históricas de todos os excluídos deste projeto de nação branco, patriarcal e eurocêntrico que se construiu e ainda está em curso no Brasil”, explica, assim, Mariana.

A exposição

O objetivo da exposição é criar um debate sobre propostas de um Brasil possível. Nele, pretos e pardos, a maioria da população, são vistos como sujeitos decisivos nos debates e encaminhamentos de projetos políticos, sociais e culturais do país. A data-chave para o projeto é o dia 14 de maio de 1888. Um dia após a abolição da escravatura, em que pessoas negras continuaram a ser marginalizadas pela sociedade.

“No 14 de maio fabulado por nosso time de historiadores, pretendemos discutir um atraso de 66 anos que separa a afirmação da independência e uma não participação equitativa da população negra e indígena na sociedade. Personagens que atuaram na sociedade civil e na política poderão se fazer presentes na Constituinte como alguém que deixou um legado. São alguns deles: Maria Amanda Paranaguá, Tia Ciata, André Rebouças, José do Patrocínio, Machado de Assis, entre outros”, explica a professora de História da UnB, Ana Flávia Magalhães Pinto.

A exposição “Constituinte do Brasil Possível” é integrante do Projeto Linha de Cor. O projeto é uma iniciativa inédita que envolve pesquisa, educação e audiovisual realizados por pessoas negras.

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