Conecte-se conosco

Crítica

Bárbaros | Epicidade e drama cativam na série original Netflix

Publicado

em

Crítica Bárbaros Netflix

Bárbaros (Barbaren) era como o Império Romano chamava alguns povos da Germânia. Os romanos chegavam para eles demandando tributos para não atacá-los. O prólogo dá um gosto das batalhas que virão e, em seguida, conhecemos os personagens que irão se sobressair e como funcionavam os acordos na época. Basicamente, Roma ordenava e era daquele jeito do velho provérbio “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

A mitologia nórdica se faz presente com citações a Thor e acredito que quem gostava da série Spartacus tem grandes chances de apreciar essa aqui com cabeças que voam e sangue que jorra. A impetuosidade é a marca de várias cenas numa fotografia soturna que ressalta a rusticidade. Aliás, o primeiro episódio começa lindo para quem gosta de guerra e acaba com um ótimo gancho.

Ganchos

No segundo episódio, com bela direção de Barbara Eder (ela lidera quatro), mais do que nunca, vemos que as verdadeiras barbaridades vem através dos romanos, e o drama tem mais espaço, com um gancho final esperado que mantém a tensão e a vontade de maratonar.

Jeanne Goursaud como Thusnelda é o grande destaque do elenco dando vida a uma mulher forte que não se rende, uma atuação fervente que acompanha a evolução da personagem. Nicki von Tempelhoff como Segimero, tendo que engolir o próprio orgulho em prol de seu povo com sacrifícios dolorosos e contínuos segue bem. No geral, a tal tensão citada no parágrafo anterior é a companhia dos espectadores dessa série na maior parte do tempo.

Enquanto, por outro lado, a companhia dos personagens principais é a traição e a vingança. E, para alguns, a esperança no amor. Afinal, qual sua motivação para lutar?

Convite para maratonar

Os finais de todos os episódios são verdadeiros convites para não parar de ver. Além disso, Bárbaros tem como base a história real de Armínio (em bela atuação de Laurence Rupp) e a série segue um crescente dramático, em emaranhados novelescos interessantes com roteiro redondo que sabe como prender quem assiste. Quando vem o final do quinto, não tem como não ver o sexto e último. O fato de ser em apenas seis episódios facilita a maratona que flui fácil.

Ah, e o clímax, é realmente um clímax, aquilo que você esperou desde o prólogo no primeiro episódio. Afinal, o sexto episódio tem o sugestivo nome de… “A Batalha”. E é épico.

Enfim, veja o trailer:

Ademais, veja mais:

La Révolution | Conheça a mistura de “Supernatural” com a revolução francesa

Além do som | Enfim, foco em universidade para pessoas surdas

Por fim, Cidade dos Mortos | Série russa explora cenário apocalíptico

 

Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

Publicado

em

Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

POR FIM, LEIA MAIS:

‘Evidências do amor’ | Crítica

‘Morte, vida e sorte’ é homenagem ao artista independente | Crítica

‘Saudosa Maloca’ leva personagens de Adoniran Barbosa à tela de cinema | Crítica

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências

Descubra mais sobre Vivente Andante

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading